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Janeiro/2015 – O Close-up Lens 250D é um acessório que vai rosqueado na frente da objejtiva e diminui a distância de foco. Ele permite “enxergar” mais próximo do sujeito, e a ampliação no plano de imagem é maior; perdendo o foco no infinito. A Canon fabrica uma série de “close-ups”, que não devem ser confundidos com filtros, afinal não “filtram” nenhum espectro de luz. São dois modelos: 250 e 500. O 250mm é mais poderoso que o 500mm, já que a distância focal é menor. E é fácil calcular a ampliação final do conjunto: divida a distância focal da lente com a distância focal do close-up lens. Uma 50mm com o 250D dará 0.2x de ampliação extra (50 dividido por 250). Somando a ampliação natural desta lente, que é de 0.15x, nós teremos uma ampliação total de 0.35x. Não é macro 1:1, mas nada mal para um acessório de US$89! Boa leitura! (english)
Em 79g e dois elementos, o Close-up Lens 250D de ø58mm é a maneira mais fácil de entrar para o mundo da fotografia “macro”. “Macro” entre aspas porque nem toda combinação projetará a proporção 1:1, macro de verdade. Mas ele é simples de carregar e vem numa caixinha acrílica de apenas 22mm de espessura e 70mm de diâmetro. Você pode deixá-lo na mochila o tempo inteiro e rosqueá-lo em segundos, sempre que precisar se aproximar mais do sujeito.
Todinho de metal, exceto obviamente o conjunto óptico, o 250D é um prazer de segurar e passa confiança na hora de montar. Não estamos falando de um produto de baixa qualidade e o investimento vale totalmente a pena. Ele pesa nas mãos e recomendo cautela para não deixá-lo cair. Caiu, com certeza quebrou. É bem feito mas frágil, já que os vidros não tem nada para protegê-los além do tubo externo de metal. Não. Deixe. Cair. No chão!
Montado ele adiciona 12mm a sua objetiva, portanto a câmera pesa um pouco para a frente. Dá até para continuar usando o hood dependendo da lente, já que o close-up não aumenta o diâmetro da rosca. É tudo fácil e óbvio. O foco automático, o estabilizador e qualquer outra função da lente continuará normal. A abertura máxima seguirá intacta. Porém você automaticamente perderá o foco infinito, que ficará um borrão com o close-up na frente de qualquer prime ou zoom.
A rosca de montagem é de ø58mm, e do lado da frente também. Não usei e não li a respeito de montá-lo em sequência (um close-up lens em cima do outro), mas outros filtros podem ser usados além da tampa da lente. Não é como, por exemplo, os ND variáveis que você não consegue colocar uma tampa. No 250D você consegue e não precisa tirá-lo o tempo inteiro antes de guardar a máquina. Se a sua lente expande durante a focagem, como a EF 50mm f/1.4 USM, recomendo fechá-la para não danificar o tubo interno caso ocorra algum impacto.
Diferente dos tubos extensores, que aumentam o espaço entre a sua lente e a câmera e, portanto, a projeção no plano de imagem, perdendo luz, os close-up lens funcionam como lupas, meramente aumentando o que estava na frente do fotógrafo; não perdendo luz. E francamente eles não incluem nenhuma distorção a imagem, dependendo muito mais do desempenho da lente montada. Com a EF 50mm f/1.4 USM os resultados são estranhos totalmente aberta: não há qualquer definição da própria lente, muito menos com o close-up lens. Mas fechando até f/8 o plano da imagem fica nítido e livre de distorções. Fotos com a EOS 6D + EF 50mm f/1.4 USM.
“Aranha” em f/1.4 1/1500 ISO160; a diferença entre f/1.4 e f/4 com o close-up lens.É possível em f/1.4 dissolver qualquer interferência no sujeito já que a profundidade de campo curtíssima será dividida pela ampliação da lente. Os resultados sinceramente serão mais artísticos do que técnicos. Totalmente aberta e na distância mínima de foco, a profundidade não ultrapassa de 1mm, com uma imagem que lembra um sonho. Serve criativamente para fundos em composições, difusão de cores, dissolver texturas… Infinitas opções diretamente na câmera.
E fechando até f/8, aí sim o plano de imagem fica absurdamente nítido, me levando a conclusão que o close-up lens sozinho não coloca defeitos na imagem. A EF 50mm f/1.4 USM é otimizada para esta abertura e podemos ver todos os detalhes de produtos, natureza, sem CA lateral ou axial; como as fotos saem da lente. Os resultados são idênticos as outras lentes macro nativas, porém tardam a acontecer, com a abertura da objetiva super fechada em cinco stops!
O Close-up Lens é divertido de usar porque transforma qualquer lente numa objetiva que “foca mais perto”, não necessariamente chegando a ampliação macro. E faz isto com qualidade tipicamente Canon, sem interferir no desempenho óptico. Mas como os resultados vão depender do que a sua lente já faz, ele infelizmente não substituirá uma prime macro nativa, otimizada para as distâncias curtas e qualquer abertura. Eu que trabalho constantemente com a EF 100mm f/2.8L IS Macro (todas as fotos de produto do blog do zack são feitas com ela), não posso viver somente com a abertura otimizada da 50mm f/1.4 USM (f/8), nem com a distância curta de trabalho. Mas para brincadeiras esporádicas, e, sinceramente, com boa qualidade, os US$89 valem a pena sim.