Canon Close-up Lens 250D

Passe livre para a fotografia macro


Escrito por Marcelo MSolicite nosso mídia kit. Faça o download do pacote de arquivos raw (05 fotos, 113MB).

Tempo estimado de leitura: 05 minutos.

Janeiro/2015 – O Close-up Lens 250D é um acessório que vai rosqueado na frente da objejtiva e diminui a distância de foco. Ele permite “enxergar” mais próximo do sujeito, e a ampliação no plano de imagem é maior; perdendo o foco no infinito. A Canon fabrica uma série de “close-ups”, que não devem ser confundidos com filtros, afinal não “filtram” nenhum espectro de luz. São dois modelos: 250 e 500. O 250mm é mais poderoso que o 500mm, já que a distância focal é menor. E é fácil calcular a ampliação final do conjunto: divida a distância focal da lente com a distância focal do close-up lens. Uma 50mm com o 250D dará 0.2x de ampliação extra (50 dividido por 250). Somando a ampliação natural desta lente, que é de 0.15x, nós teremos uma ampliação total de 0.35x. Não é macro 1:1, mas nada mal para um acessório de US$89! Boa leitura! (english)

CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO

CANON CLOSE-UP LENS 250D

Em 79g e dois elementos, o Close-up Lens 250D de ø58mm é a maneira mais fácil de entrar para o mundo da fotografia “macro”. “Macro” entre aspas porque nem toda combinação projetará a proporção 1:1, macro de verdade. Mas ele é simples de carregar e vem numa caixinha acrílica de apenas 22mm de espessura e 70mm de diâmetro. Você pode deixá-lo na mochila o tempo inteiro e rosqueá-lo em segundos, sempre que precisar se aproximar mais do sujeito.

CANON CLOSE-UP LENS 250D

Todinho de metal, exceto obviamente o conjunto óptico, o 250D é um prazer de segurar e passa confiança na hora de montar. Não estamos falando de um produto de baixa qualidade e o investimento vale totalmente a pena. Ele pesa nas mãos e recomendo cautela para não deixá-lo cair. Caiu, com certeza quebrou. É bem feito mas frágil, já que os vidros não tem nada para protegê-los além do tubo externo de metal. Não. Deixe. Cair. No chão!

Corpo de metal, precisão e qualidade.

Montado ele adiciona 12mm a sua objetiva, portanto a câmera pesa um pouco para a frente. Dá até para continuar usando o hood dependendo da lente, já que o close-up não aumenta o diâmetro da rosca. É tudo fácil e óbvio. O foco automático, o estabilizador e qualquer outra função da lente continuará normal. A abertura máxima seguirá intacta. Porém você automaticamente perderá o foco infinito, que ficará um borrão com o close-up na frente de qualquer prime ou zoom.

Montado na lente, ele adiciona 12mm e 79g para frente.

Montado na lente, ele adiciona 12mm e 79g para frente.

“São Paulo” com a EOS 6D + EF 50mm f/1.4 USM + 250D: automaticamente com o close-up lens você perde o foco no infinito.

“São Paulo” com a EOS 6D + EF 50mm f/1.4 USM + 250D: com o close-up lens automaticamente você perde o foco no infinito.

A rosca de montagem é de ø58mm, e do lado da frente também. Não usei e não li a respeito de montá-lo em sequência (um close-up lens em cima do outro), mas outros filtros podem ser usados além da tampa da lente. Não é como, por exemplo, os ND variáveis que você não consegue colocar uma tampa. No 250D você consegue e não precisa tirá-lo o tempo inteiro antes de guardar a máquina. Se a sua lente expande durante a focagem, como a EF 50mm f/1.4 USM, recomendo fechá-la para não danificar o tubo interno caso ocorra algum impacto.

QUALIDADE DE IMAGEM

“Folha” com a EOS 6D + EF 50mm f/1.4 USM + 250D em f/1.4 1/1500 ISO160.

“Folha” com a EOS 6D + EF 50mm f/1.4 USM + 250D em f/1.4 1/1500 ISO160.

Diferente dos tubos extensores, que aumentam o espaço entre a sua lente e a câmera e, portanto, a projeção no plano de imagem, perdendo luz, os close-up lens funcionam como lupas, meramente aumentando o que estava na frente do fotógrafo; não perdendo luz. E francamente eles não incluem nenhuma distorção a imagem, dependendo muito mais do desempenho da lente montada. Com a EF 50mm f/1.4 USM os resultados são estranhos totalmente aberta: não há qualquer definição da própria lente, muito menos com o close-up lens. Mas fechando até f/8 o plano da imagem fica nítido e livre de distorções. Fotos com a EOS 6D + EF 50mm f/1.4 USM.

“Aquarela” em f/1.4 1/750 ISO100; aparência de um sonho em abertura máxima.

“Aquarela” em f/1.4 1/750 ISO100; aparência de um sonho em abertura máxima.

Crop 100%, em abertura máxima praticamente nada estará em foco, e falta resolução.

Crop 100%, em abertura máxima praticamente nada estará em foco, e falta resolução.

“Aquarela 2” em f/4 1/250 ISO400; note como a vinheta melhora em f/4.

“Aquarela 2” em f/4 1/250 ISO400; note como a vinheta melhora em f/4.

Crop 100%, a nitidez também aumenta bastante; profundidade de campo continua curta.

Crop 100%, a nitidez também aumenta bastante; profundidade de campo continua curta.

“Tinta” em f/4 1/1250 ISO160, close-up lens faz o serviço de permitir a focagem de perto.

“Tinta” em f/4 1/1250 ISO160, close-up lens faz o serviço de permitir a focagem de perto.

Crop 100%, nitidez é boa nas bordas do plano de imagem.

Crop 100%, nitidez é boa nas bordas do plano de imagem.

É possível em f/1.4 dissolver qualquer interferência no sujeito já que a profundidade de campo curtíssima será dividida pela ampliação da lente. Os resultados sinceramente serão mais artísticos do que técnicos. Totalmente aberta e na distância mínima de foco, a profundidade não ultrapassa de 1mm, com uma imagem que lembra um sonho. Serve criativamente para fundos em composições, difusão de cores, dissolver texturas… Infinitas opções diretamente na câmera.

“Aranha” em f/1.4 1/1500 ISO160; a diferença entre f/1.4 e f/4 com o close-up lens.

Crop 100%, mas a profundidade de campo continua mínima!

Crop 100%, mas a profundidade de campo continua mínima!

“Aranha 3” em f/8 1/750 ISO640; mude a posição do sujeito para ficar paralelo ao plano de imagem.

“Aranha 3” em f/8 1/750 ISO640; mude a posição do sujeito para ficar paralelo ao plano de imagem.

Crop 100%, e então o close up funcionará muito bem.

Crop 100%, e então o close up funcionará muito bem.

E fechando até f/8, aí sim o plano de imagem fica absurdamente nítido, me levando a conclusão que o close-up lens sozinho não coloca defeitos na imagem. A EF 50mm f/1.4 USM é otimizada para esta abertura e podemos ver todos os detalhes de produtos, natureza, sem CA lateral ou axial; como as fotos saem da lente. Os resultados são idênticos as outras lentes macro nativas, porém tardam a acontecer, com a abertura da objetiva super fechada em cinco stops!

Da esquerda para a direita: f/1.4, f/2, f/2.8 e f/8; diferença na nitidez é gritante.

Da esquerda para a direita: f/1.4, f/2, f/2.8 e f/8; diferença na nitidez é gritante.

 “Mac” em f/8 1/250 ISO6400.

“Mac” em f/8 1/250 ISO6400.

Crop 100%, nitidez excelente na abertura otimizada da EF 50mm f/1.4 USM.

Crop 100%, nitidez excelente na abertura otimizada da EF 50mm f/1.4 USM.

“Mosca” com a EOS 6D + EF 50mm f/1.4 USM + 250D em f/4 1/500 ISO200.

“Mosca” com a EOS 6D + EF 50mm f/1.4 USM + 250D em f/4 1/500 ISO200.

VEREDICTO

O Close-up Lens é divertido de usar porque transforma qualquer lente numa objetiva que “foca mais perto”, não necessariamente chegando a ampliação macro. E faz isto com qualidade tipicamente Canon, sem interferir no desempenho óptico. Mas como os resultados vão depender do que a sua lente já faz, ele infelizmente não substituirá uma prime macro nativa, otimizada para as distâncias curtas e qualquer abertura. Eu que trabalho constantemente com a EF 100mm f/2.8L IS Macro (todas as fotos de produto do blog do zack são feitas com ela), não posso viver somente com a abertura otimizada da 50mm f/1.4 USM (f/8), nem com a distância curta de trabalho. Mas para brincadeiras esporádicas, e, sinceramente, com boa qualidade, os US$89 valem a pena sim.