Sigma 17-50mm f/2.8 EX DC OS HSM

Pequena notável


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Fevereiro/2017 – A Sigma 17-50mm f/2.8 EX DC OS é uma das objetivas mais pedidas pelos seguidores do vlog do zack. Repetindo a especificação de grande abertura (para uma zoom) das fabricantes principais Canon EF-S 17-55mm f/2.8 IS USM (US$879) e Nikon AF-S DX 17-55mm f/2.8G IF-ED (absurdos US$1496), a Sigma custa apenas US$399 e se torna uma atrativa opção third party, para quem precisa da abertura mas não pode pagar por ela. Uma objetiva que eu me recusei a testar por anos, esperando uma atualização à nova linha Global Vision Art, Contemporary ou Sports, eu cansei de esperar e decidi colocá-la a prova, para ver se a fabricante ainda entrega produtos semelhantes na linha EX (excellence), já que vários modelos ainda não migraram para o design “Global Vision”. Com 01 stop completo de vantagem sobre a já excelente a 17-70mm f/2.8-4 DC OS HSM, que faz parte da família Contemporary, será que a 17-50mm f/2.8 vale a abertura? E a performance óptica, serve para os padrões atuais? Vamos descobrir! Boa leitura. (english)

CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO

Sigma 17-50mm f/2.8 EX DC OS HSM

Em 8.3 x 9.1 cm de 565gr de principalmente plásticos, a primeira coisa que notamos na 17-50mm EX é a volta ao passado cafona da Sigma, cheio de elementos desnecessários no design. Vindo dos reviews das recentes Canon EF 24-105mm f/4L II e 16-35mm f/4L IS, ambas com linhas suaves e tubos lineares de ponta a ponta; ou dos reviews das próprias Sigmas 150-600mm Contemporary e 50-100 f/1.8 Art, a 17-50mm é um monstrinho ergonômico dados os infinitos degraus entre o mount e o elemento da frente, com “embelezamentos” em dourado que não durarão nem algumas semanas de trabalho pesado, antes de começarem a descascar. Enquanto a construção é até muito boa com tubos justos e anéis firmes, talvez melhores que as Canon EF-S, ela é distinta como uma Sigma fabricada hoje, já que não mostra os elementos elegantes do design das Global Vision. No geral a 17-50 funciona para o que é, ainda mais considerando o preço, e está digna da antiga linha “EX” excellence, apesar de ser deliberadamente ultrapassada, com design cafonão.

Sigma 17-50mm f/2.8 EX DC OS HSM

Nas mãos a ergonomia é um mix de agradável com caótico, pela operação suave de alguns anéis; e pelas decisões de corte de custos em outros. Como ela é uma objetiva pequena, com apenas 9 cm fechada, o anel de zoom fica ao centro do tubo principal, que gira em sentido anti-horário (mesmo na versão EF) em cerca de 45º de um movimento nem muito pesado, nem muito leve, eu diria até que perfeito pela precisão. O tubo interno expande cerca de 2.7cm para frente até os 50mm, e o equilíbrio é bom com os corpos compactos do formato APS-C; uma vantagem contra as câmeras full frame maiores. Porém na frente o anel de foco manual não suporta a função full time manual e, além de precisarmos usar o botão lateral para desengatá-lo no motor, ele gira “motorizadamente” quanto operamos o AF; o que incomoda MUITO quanto apoiamos a objetiva nas mãos. Era a mesma reclamação da 17-70mm Contemporary com câmeras pequenas (pense nas mirrorless, tipo a Canon EOS M), porque perdemos uma área grande de apoio da câmera, e é a principal reclamação sobre a 17-50: o anel de foco gira e atrapalha a ergonomia.

Sigma 17-50mm f/2.8 EX DC OS HSM

Do lado de dentro a Sigma implementou dois motores automatizados, um de foco automático HSM (hipersonic motor) e outro de estabilização OS (optical stabilizer), que de novo são um mix de bom e ruim. O destaque sem dúvidas está no estabilizadorcom até 4EV: a implementação é perfeita com silêncio, agilidade e precisão, compensado de fato vários stops de luz, que trabalham em conjunto com a grande abertura para permitir fotos nítidas mesmo sob pouquíssima luz. Ele é excelente também para a gravação de vídeos, dando nova cara a gravações feitas nas mãos sem a tremedeira, e também dispensa o tripé, sempre complicado de carregar. Mas o motor de foco automático não tem a mesma qualidade, e não ganhará nenhum prêmio de agilidade, barulho e precisão, uma vez que ele usa uma versão simplificada do HSM: um micro motor com engrenagens faz barulho e, repito, gira o anel de foco durante a operação do AF, e a experiência é no mínimo tosca para um equipamento da linha “EX”, que deveria ser o melhor da Sigma. Se o foco for importante para você, pense de fato nas objetivas oficiais, com USM na Canon e AF-S na Nikon.

Sigma 17-50mm f/2.8 EX DC OS HSM

Enfim na frente a 17-50mm f/2.8 cresce num bump plástico que abriga tanto os filtros de ø77mm, grandes para evitar vinheta ou desperdiçar a grande abertura; quanto o parasol (incluído na caixa) que prende por fricção. Sem espaço para uma janela, a Sigma optou por escrever as distâncias de foco no anel da frente (aquele que gira), espalhadas dos 0.28cm ao infinito em apertados 30º (!), com pouca precisão para ajustes finos. Atrás, o enorme elemento de vidro está ao centro do mount de metal, que completa a construção robusta da Sigma, apesar de não mostrar qualquer tipo de vedação contra água e poeira; com certeza este não é um modelo com weather sealing. A 17-50mm f/2.8 nos ganha pela praticidade e razoável boa construção para o preço que, embora eu não tenha feito testes mecânicos e nada de errado tenha acontecido durante as minhas fotos (eu não deixei ela cair no chão pra ver o que acontece), ela parece bem feita para o usuário entusiasta. Ela não é um tanque de guerra e você não está pagando (e nem carregando) um equipamento destes, mas funciona para fazer a mesma coisa que as marcas principais cobram muito mais.

QUALIDADE DE IMAGEM

“Hotel Ginza” em f/2.8 1/50 ISO100 @ 35mm; todas as fotos com a EOS M.

“Hotel Ginza” em f/2.8 1/50 ISO100 @ 35mm; todas as fotos com a EOS M.

Com um projeto óptico de 17 elementos em 13 grupos, três asféricos (dois glass-mold e um deles híbrido, com curvatura diferente de cada lado) e dois FLD (que a Sigma diz ter propriedades similares ao fluorite, usado nas Canon topíssimo de linha), o destaque no projeto da Sigma 17-50mm f/2.8 EX está nas peças de alta tecnologia que entregam resolução, contraste e nitidez que não vimos nem na objetivas “oficiais”. A Canon EF-S 17-55mm f/2.8 IS USM, por exemplo, nunca me impressionou com imagens “nubladas” na abertura máxima f/2.8, na contra-mão do projeto de grande abertura já que ela só “funciona” com um os dois stops fechados; eliminando a vantagem do f/2.8. Mas esta Sigma está realmente em outro patamar de qualidade óptica: são detalhes afiados, não importa a abertura, distância focal e distância de foco, praticamente no patamar da linha “Art” atual; com apenas pequenas ressalvas nas aberrações cromáticas, que são raras de acontecer. No geral a Sigma 17-50mm f/2.8 EX DC OS é uma das melhores objetivas para o dia-a-dia no APS-C, ao lado da também excelente 17-70mm f/2.8-4 mais longa, e que curiosamente está “escondida” na roupagem antiga EX excellence, com um baixíssimo preço de US$399.

“Mercado” em f/2.8 1/80 ISO100 @ 26mm.

“Mercado” em f/2.8 1/80 ISO100 @ 26mm.

Em f/2.8, a 17-50mm da Sigma tem vários momentos de brilhantismo, acompanhados de raras limitações do projeto que revelam imperfeições nos arquivos. É impressionante ver como saem detalhadas as fotos na abertura máxima no dia-a-dia, anos luz a frente dos apresentados pela Canon 17-50mm que não conseguia garantir detalhes nem nas distâncias normais de trabalho. A Sigma consegue mostrá-los inclusive nos limites da distância focal e do quadro, com linhas finas de texturas, elementos gráficos e contraste perfeitos, seja na amplitude dos 17mm ou nos plano-close dos 50mm; ambos nítidos no que cair na curta profundidade de campo. A profundidade de campo curta do f/2.8 vai na contra-mão da nitidez do arquivo, uma vez que poucos elementos cairão no plano focal nítido, contra um desfoque relativamente pobre: halos de luz brilham em elementos muito claros, e a resolução fica longe de uma prime. Porém como estas situações são difíceis de acontecer – sujeitos tridimensionais e na abertura máxima – elas não tiram os elogios da 17-50: use-a totalmente aberta o tempo todo, que os arquivos são perfeitos na maioria das vezes.

“HK Cafe” em f/2.8 1/40 ISO100 @ 50mm.

“HK Cafe” em f/2.8 1/40 ISO100 @ 50mm.

Crop 100%, contraste e nitidez perfeitos da zoom totalmente aberta, fantástica.

Crop 100%, contraste e nitidez perfeitos da zoom totalmente aberta, fantástica.

“Venda” em f/2.8 1/20 ISO100 @ 50mm.

“Venda” em f/2.8 1/20 ISO100 @ 50mm.

Crop 100%, profundidade de campo curta limita os elementos nítidos.

Crop 100%, profundidade de campo curta limita os elementos nítidos.

“Dinner Service” em f/2.8 1/15 ISO100 @ 17mm.

“Dinner Service” em f/2.8 1/15 ISO100 @ 17mm.

Crop 100%, performance na abertura máxima é tranquila e aceitável para uma zoom low-cost.

Crop 100%, performance na abertura máxima é tranquila e aceitável para uma zoom low-cost.

“Néon” em f/2.8 1/60 ISO100 @ 38mm.

“Néon” em f/2.8 1/60 ISO100 @ 38mm.

Crop 100%, nitidez pode não funcionar se o elemento for tridimensional, a profundidade de campo é muito curta.

Crop 100%, nitidez pode não funcionar se o elemento for tridimensional, a profundidade de campo é muito curta.

Fechar a abertura melhora de leve a situação do contraste e da resolução no quadro todo, com pico logo em f/4 até f/7.1, quanto a difração pode se tornar um problema. Nestes ajustes a Sigma 17-50mm se comporta como as fixas em termos de poder de resolução e renderização de detalhes, flertando com objetivas muito mais caras até para trabalhar com impressões imensas. Trabalhos de precisão na rua ou ampliações gigantes podem ser feitos com os arquivos nos mínimos detalhes, mesmo dos sensores de altíssima densidade no APS-C, hoje na casa dos 24MP. É possível ler placas a distância, ver cabelos ao vento em todos os sujeitos, e texturas mundanas de alta resolução, com a mesma qualidade dos formatos maiores full frame mas aqui no diminuto APS-C. E esta é a grande vantagem da objetiva da Sigma e do formato menor: ele apresenta performance de gente grande mas num corpo pequeno, leve e estabilizado, e com um preço incrível.

“Classic HK” em f/8 1/50 ISO100 @ 30mm.

“Classic HK” em f/8 1/50 ISO100 @ 30mm.

Crop 100%, nitidez e contraste afiados nas aberturas menores.

Crop 100%, nitidez e contraste afiados nas aberturas menores.

“HK II” em f/7.1 1/320 ISO100 @ 28mm.

“HK II” em f/7.1 1/320 ISO100 @ 28mm.

Crop 100%, pontos quase totalmente nítidos no limite do quadro, graças as peças asféricas.

Crop 100%, pontos quase totalmente nítidos no limite do quadro, graças as peças asféricas.

“Contraste” em f/7.1 1/80 ISO100 @ 50mm.

“Contraste” em f/7.1 1/80 ISO100 @ 50mm.

Crop 100%, linhas afiadas e praticamente sem vazamentos de luz, incrível para tantos elementos.

Crop 100%, linhas afiadas e praticamente sem vazamentos de luz, incrível para tantos elementos.

“Linhas e círculos” em f/7.1 1/160 ISO100 @ 50mm.

“Linhas e círculos” em f/7.1 1/160 ISO100 @ 50mm.

Crop 100%, contraste excelente apesar das linhas firmes e itens brilhantes.

Crop 100%, contraste excelente apesar das linhas firmes e itens brilhantes.

Aberrações cromáticas não chegam a ser um problema no projeto, apesar de visíveis em situações complicadas de luz. O CA (chromatic aberration) lateral acontece em linhas de alto contraste nas bordas, principalmente em texturas de prédios cobertos por azulejos, ou sujeitos orgânicos (como árvores) contra a luz, que pedem a correção do software do computador ou da câmera, antes de impressões grandes. No desfoque as aberrações axiais também podem ser um problema em sujeitos de poucas cores, que mostram halos roxos no segundo plano também de linhas de contraste, junto da perda de resolução se estivermos fotografando na abertura máxima. Embora tudo isso seja esperado de um projeto complexo com 17 elementos, as aberrações acontecem pouco no dia a dia: a tecnologia dos vidros de alta performance permite extrairmos quase perfeição de uma zoom de baixo custo, não importa o formato menor com peças pequenas.

“Árvore” em f/4 1/30 ISO250 @ 17mm.

“Árvore” em f/4 1/30 ISO250 @ 17mm.

Crop 100%, aberrações esperadas no limite do quadro, contra a luz.

Crop 100%, aberrações esperadas no limite do quadro, contra a luz.

“Gráficos” em f/2.8 1/25 ISO100 @ 45mm.

“Gráficos” em f/2.8 1/25 ISO100 @ 45mm.

Crop 100%, praticamente zero aberrações laterais em elementos gráficos ao centro.

Crop 100%, praticamente zero aberrações laterais em elementos gráficos ao centro.

“LUZ” em f/5 1/30 ISO2000 @ 17mm.

“LUZ” em f/5 1/30 ISO2000 @ 17mm.

Crop 100%, leve vazamento de luz mas sem grandes aberrações ou reflexos dos elementos.

Crop 100%, leve vazamento de luz mas sem grandes aberrações ou reflexos dos elementos.

“Lâmpadas” em f/2.8 1/4000 ISO100 @ 26mm.

“Lâmpadas” em f/2.8 1/4000 ISO100 @ 26mm.

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Crop 100%, evidente limite do quadro e do projeto, na abertura máxima e foco próximo.

Distorções geométricas são praticamente invisíveis no projeto zoom, principalmente em distâncias normais de trabalho (de novo, a partir de 1-2metros). Em 17mm é possível ver uma bolha em linhas retas paralelas nos limites do quadro, óbvias em itens arquitetônicos ou outros elementos feitos pelo homem; mas muito mais discretas que projetos do full frame (pense 24-70mm). Na rua é uma tranquilidade fotografar arquitetura e composições simétricas na equivalência do grande angular (27.2-80mm), que não precisam de fato de compensações eletrônicas, provavelmente mais uma vantagem dos elementos grandes da fórmula da Sigma. Em 50mm o pincushion leve pode acontecer em linhas retas que “dobram” para o centro do quadro, vistos nos horizonte ou demais retas mecânicas. No geral nem vale a compensação eletrônica, já que o quadro fica mais agradável com as distorções, que não perdem a resolução (alguns pixels) dos algoritmos de correção. É muito útil também para a gravação de vídeos em câmeras que não suportem a compensação no CPU.

”Portal” em f/2.8 1/40 ISO125 @ 17mm; distorção visível só depois da compensação.

”EITA!” em f/5.6 1/80 ISO100 @ 17mm.

”Rua” em f/8 1/50 ISO160 @ 33mm; leve pincushion no miolo do range.

”Letreiro” em f/8 1/80 ISO200 @ 50mm.

Por fim a vinheta, as cores e o bokeh tem a qualidade de uma zoom padrão: acontecem quando você precisa deles, mas obviamente não competem com as primes. A vinheta é relativamente discreta no f/2.8: a Sigma fez um bom trabalho empregando vidros grandes na fórmula zoom, e não vemos problemas de luminosidade nas bordas das imagens; provavelmente as primes de grandíssima abertura sofrem mais com isso na abertura máxima. As cores também são saturadas e neutras nos elementos multi-coated, equilibrados para a ciência de cores da Canon, “puxando” mais para o amarelo e os vermelhos. Mas o desfoque é outra mix de útil e inútil no projeto, e pede atenção do fotógrafo para com as linhas do segundo plano. Primeiro o diafragma de 7 lâminas não consegue manter a forma de um círculo além do f/4; um heptágono aparece em pontos de luz no segundo plano. Segundo, as várias peças asféricas mostram contornos firmes nestes highlights, com aparência de “camisinhas enroladas” nas bolhas de luz; ruim. E terceiro, fora da distância mínima de foco e da distância focal máxima, o desfoque se une às aberrações cromáticas, tirando ainda mais a qualidade do “efeito”. Portanto prefira usar a 17-50mm pela resolução e não pelo desfoque, para a maioria das fotos “tudo em foco”, como esperamos do dia-a-dia de uma zoom.

“Taxi” em f/2.8 1/15 ISO100 @ 50mm; bokeh máximo desta zoom, sob distâncias normais de trabalho.

“Taxi” em f/2.8 1/15 ISO100 @ 50mm; bokeh máximo desta zoom, sob distâncias normais de trabalho.

 “Taxi II” em f/2.8 1/6 ISO100 @ 17mm; cores da zoom da Sigma, parecidas com a Canon.

“Taxi II” em f/2.8 1/6 ISO100 @ 17mm; cores da zoom da Sigma, parecidas com a Canon.

“Incenso” em f/2.8 1/30 ISO100 @ 50mm; distância mínima de foco.

“Incenso” em f/2.8 1/30 ISO100 @ 50mm; distância mínima de foco.

“Frutas” em f/2.8 1/100 ISO100 @ 50mm; as cores do sistema EOS, extraídos da Sigma.

“Frutas” em f/2.8 1/100 ISO100 @ 50mm; as cores do sistema EOS, extraídos da Sigma.

VEREDICTO

A Sigma 17-50mm f/2.8 EX DC OS HSM me deixou com uma impressão positiva, apesar de longe da perfeição. A construção e o design são esperados da linha EX “excellence” pré-Global Vision, com tubos justos e bem feitos de plástico, operados por anéis mecânicos “pelados” (sem full time manual) jus ao preço baixo, que serão bem-vindos por quem sai de uma objetiva de kit e não quer pagar (e nem deveria) pelas “tops” APS-C f/2.8. Do lado de dentro a Sigma impressiona pelo estabilizador bem implementado, difícil de encontrar nas zoom mais longas da fabricante, mas de operação brilhante nesta 17-50mm: a correção é instantânea, eficaz e quieta, perfeita também para vídeos. O foco automático não ganhará prêmios e é a função que mais recebeu cortes no orçamento, para combinar com o preço: um micro motor barulhento, lento e que gira o anel externo não competem com o USM, STM ou AF-S das marcar principais, o que é um problemão. Porém o projeto óptico é um destaque da Sigma pela alta tecnologia, e me faz questionar o preço das alternativas “oficiais” que entregam menos apesar do altíssimo valor: na Sigma a resolução é maior, o contraste é muito bom, e as aberrações são bem controladas. Portanto a 17-50mm f/2.8 EX se torna uma recomendação fácil, tanto para os que buscam a especificação bruta de grande abertura, quanto para o que precisam de resolução. Boas fotos!