Canon EF 16-35mm f/4L IS USM

Cavalo de Tróia


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Tempo estimado de leitura: 12 minutos e meio.

Fevereiro/2017 – Que a Canon não tem um passado “feliz” com o super grande angular no vlog do zack, nunca foi segredo nas minhas argumentações. A top zoom EF 16-35mm f/2.8L II USM foi a primeira objetiva que eu não recomendei no canal, por ser muito cara para o que oferecia nas bordas, sem resolução e com excesso de aberrações cromáticas, problemas que se repetiram nas objetivas subsequentes: desde as zoom EF 17-40mm f/4L USM e EF-S 10-22mm f/3.5.4.5 USM, até as primes EF 14mm f/2.8 L II USM, EF 24mm f/1.4L II USM e EF 28mm f/1.8 USM. O super grande angular virou motivo para abrir meu kit Canon às outras marcas, como a hiper ampla Sigma 12-24mm f/4.5-5.6 DG II, exclusiva na especificação à época; e até a rival principal Nikon, com a D800E e a maravilhosa AF-S 14-24mm f/2.8G, que mostraram a mim como uma foto ampla poderia ser clara e nítida. O que esperar de outra EF grande angular? Entra a 16-35mm f/4L IS USM. (english)

Canon EF 16-35mm f/4L IS USM

Uma zoom lançada em 2014, ela tinha absolutamente tudo para provar se a fabricante conseguiria dominar (ou não) também as fórmulas super grande angulares. Se o telephoto era a especialidade da Canon, com tele-objetivas de grande abertura e foco automático rápido imbatíveis pela concorrência, no grande angular as melhores opções estavam na Nikon. Enquanto a proposta da 16-35mm f/4L IS USM não é necessariamente competir com o topo de linha, com abertura pequena f/4 e estabilizador embutido voltado a praticidade, ela chegou como um Cavalo de Tróia na linha EF, escondendo o que estaria por vir no futuro da série L wide angle (11-24mm f/4L USM e 16-35mm f/2.8 L III USM). E aí, a Canon conseguiu demonstrar que ela sabe entregar performance também no grande angular? Ou vale mais a pena colocar outras marcas no kit? Vamos descobrir! Boa leitura.

CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO

Canon EF 16-35mm f/4L IS USM

Em 8.2 x 11.2 cm de 615gr  de principalmente plásticos do lado de fora e metais (dado o peso) do lado de dentro, a primeira coisa que notamos na EF 16-35mm f/4L IS USM é como ela cresceu na linha f/4 da série L. Enquanto a diminuta 17-40mm f/4L USM está em apenas 8.3 x 9.6cm de 475gr, quase 1/3 mais leve e 15% mais curta que esta nova “f/4I IS”, o modelo recente está na mesma casa da specialty de grande abertura 16-35mm f/2.8L II USM (8.8 x 11.1cm de 635gr); ou da hiper grande angular Sigma 12-24mm f/4.5-5.6 DG II (8.3×11.9cm de 670gr). Ou seja, uma objetiva grande e que grita “trabalho sério” no kit, ela casa com a recente escola de design da Canon, que propõe produtos grandes, robustos, assumindo as dimensões do full frame; como acabamos de ver na EF 24-105mm f/4L IS II USM. Está na hora de tratar a “série L f/4” como um negócio sério daqui pra frente, e não há mais a pretensão de ser uma alternativa prática, leve e portátil, às tops f/2.8.

Canon EF 16-35mm f/4L IS USM

Nas mãos a ergonomia é largamente a mesma de todas as série L recentes, com a experiência “lata de cerveja” sem variação de espessura da base até a frente. Enquanto a 16-35mm f/4 cresce de leve dos ø70mm do mount até os ø77mm dos filtros frontais, ela o faz de forma muito mais discreta que a geração anterior 17-40/16-35, ambas mostrando um “calombo redondo” na frente do tubo. Tal discrição nas linhas contribui para uma usabilidade mais “direta” e confortável da objetiva, uma vez que giramos anéis de zoom (atrás) e de foco (frente) com a mesma espessura do tubo inteiro apoiado nas mãos; dando a impressão que estamos girando “um tubo completo”, com todo o torque das mãos, e não somente “um anel fininho” nas pontas dos dedos. É uma simplificação nas linhas do design que começou nas gigantes telephoto prime f/2.8 II de 2011 (note a diferença nos degraus da 300mm e 300mm II), e agora aplicado até nas objetivas menores “f/4 série L”.

Canon EF 16-35mm f/4L IS USM HANDS

A operação é feita por dois anéis, um de zoom traseiro com 2.5cm de plástico e 1.8cm de borracha, e outro de foco frontal com 3.5cm (!) de plástico e 2.8cm de borracha; uma decisão duvidosa no design da Canon. O anel de foco geralmente é pouco usado no grande angular, que mostra o quadro “todo em foco” na maioria das composições (dada a profundidade de campo mais longa), e com 90º de giro da distância mínima (0.28cm) até o infinito, ele é rápido e suave de usar; sensação que infelizmente eu não encontrei no anel de zoom. O zoom é feito com um anel relativamente fino atrás, com cerca de 50º dos 16mm aos 35mm, e que está com um movimento muito pesado na minha cópia nova. É a primeira vez que tenho este problema com uma objetiva EF, ainda mais com o zoom interno, sem expandir o tubo do lado de fora, que sempre vem “calibradas” de fábrica para a suavidade. Comparada as EF-S do APS-C então, esta série L perde feio: tanto a 10-18 STM quanto a 10-22 USM tem anéis de zoom “fluídos”, que eu não encontrei na nova 16-35mm f/4L IS USM. Talvez seja um problema da cópia nova, que ficará mais solta com o uso; então vamos aguardar.

Canon EF 16-35mm f/4L IS USM

Do lado de dentro a Canon repete o motor de foco USM ring-type e o estabilizador de 4EV das objetivas mais novas, ambos com as melhores implementações do mercado; tipicamente Canon. O foco automático é ridiculamente rápido para percorrer todo o caminho dos 90º em cerca de 0.4s de um lado para o outro, com um discreto “ron, ron” audível somente pelo fotógrafo. O anel de foco suporta o full time manual, e mesmo na posição AF (auto focus) do botão lateral, é possível mudar a distância escolhida pela câmera, sem forçar as peças ou ficar mudando a chave AF/MF o tempo todo. É um prazer de usar nas ruas, já que o conjunto é preciso, rápido e silencioso, e funciona sob qualquer situação: com a 5DS, a monstra de 50.3MP da linha EOS, foi possível fotografar dentro de templos escuros sem qualquer foto fora de foco, e com compensações de distância quando eu queria usar uma posição hiperfocal direto nas mãos. É superior a EF-S 10-18 STM, que exige “uma acordada” da câmera para operar o anel fly-by-wire, o que não acontece nesta USM; perfeito.

Canon EF 16-35mm f/4L IS USM

O estabilizador (IS) é outro destaque da Canon, que promete até 4 stops de compensação, ótimo para trabalhar sob pouca luz, e sem a necessidade de um tripé. Apesar dele fazer um distinto barulho “chi” quando o módulo entra e sai de ação, nenhuma vibração é mostrada no viewfinder e a eficácia é instantânea assim que o botão da câmera é apertado; nada de esperar alguns segundos com o visor “tremendo” como nas Nikon VR ou as Sigmas OS. Enquanto a Canon não oferece os modos I (normal) e II (panning) vistos nas telephoto, ela promete a detecção automática dos movimentos pelo algoritmo de estabilização; também “percebendo” a presença do tripé. Na prática é possível registrar composições dramáticas de exposições longas sem grandes esforços, e na minha opinião todas as objetivas deveriam vir com ele. As duas grande angular zoom EF L ainda mais caras, 16-35mm f/2.8L III USM e 11-24mm f/4L USM, não tem o estabilizador, e esta é de longe a maior vantagem da f/4 IS: mais prática de usar e barata, com a decisão de compra vindo daqui.

Canon EF 16-35mm f/4L IS USM

Enfim na frente os filtros de ø77mm são uma excelente adição as capacidades do modelo, perfeitos para compartilhar polarizadores ou ND graduados com as EF 24-105mm f/4. Atrás, a 16-35mm IS perdeu o “estojo” retangular para gel das grande angulares L anteriores, para acomodar o elemento traseiro maior, que permite as compensações do IS. Os elementos frontal e traseiro são tratados com fluorine, que repele água e gordura, e são mais fáceis de limpar. Em cima, a janela de distância tem o logo da Canon gravado em metal, e as marcações de pés e metros fundas no tubo interno, razoavelmente fáceis de ler. E na caixa a Canon inclui o parasol EW-82, que desliza no lugar e fixa com um click, depois liberado por um botão. A 16-35mm f/4L IS USM é uma repetição mecânica da Canon em todas as “novas série L” (e até uma prime padrão) robustas, sem trazer grandes dores de cabeça (nem novidades) na operação. Tudo funciona e ela não fica “na frente” do fotógrafo, para deixá-lo focar (sem trocadilhos) nas fotos, sem se preocupar com o equipamento.

QUALIDADE DE IMAGEM

“Yick Fat” em f/6.3 1/160 ISO100 @ 16mm; todas as fotos com a Canon EOS 5DS.

“Yick Fat” em f/6.3 1/160 ISO100 @ 16mm; todas as fotos com a Canon EOS 5DS.

Com um projeto óptico de 16 elementos em 12 grupos, 02 peças UD e 03 asféricas, uma delas bi-ásférica de grande diâmetro, a Canon 16-35mm f/4L IS USM não é nada menos que um mistério na linha EF. Praticamente livre de aberrações cromáticas laterais e com resolução no quadro inteiro, ela deixa para trás a lambança da Canon no super grande angular, nos mesmos moldes da excelente EF-S 10-18mm f/4.5-5.6 IS STM no APS-C. Um mistério porque o salto na qualidade é tão grande em performance óptica bruta, que a nova zoom se torna uma peça obrigatória no kit, pela clareza dos arquivos. Não são os 16mm super grande angulares cheios de detalhes nas bordas da 5DS; são também as fotos mundanas de registros da rua em 35mm, provavelmente a “35mm” mais nítida que já usei. Não é a baixíssima aberração cromática lateral no grande angular, extremamente discreta nas bordas; mas a distorção geométrica invisível em distâncias de foco a partir dos 3m. A 16-35mm f/4L IS USM é um novo paradigma para o grande angular full frame da Canon, com os recursos da série L e as cores vivas de sempre, que me mantém fiel ao sistema EOS.

“The Center” em f/8 1/160 ISO100 @ 16mm.

“The Center” em f/8 1/160 ISO100 @ 16mm.

Totalmente aberta em f/4 e não importa a distância focal, os arquivos da 16-35mm f/4L IS USM são ricos em detalhes na maior parte do quadro full frame. Um valor que vai na contra mão do grande angular “tudo em foco”, afinal você não fotografaria tão aberto se quisesse o quadro inteiro em foco – ainda mais em composições tridimensionais, brincando com as linhas – quando for necessário, a 16-35mm f/4 simplesmente entrega. Por exemplo dentro de templos escuros e sem o tripé (não é permitido), usar a abertura máxima para compensar a velocidade do obturador é uma tranquilidade na nova Canon grande angular, porque mesmo nas bordas os detalhes são nítidos, vindo de uma óptica bem acertada. Antes um click em f/4 ou em f/2.8 no “grande angular Canon série L” era simplesmente o caos: as objetivas pareciam quebradas sem resolução e cheias de aberrações. Embora ainda aconteça uma leve perda de resolução nos limites do quadro, por causa do plano focal um pouco curvo, a 16-35mm f/4 é um show de detalhes e clareza na Canon.

“Lanternas” em f/4 1/20 ISO100 @ 16mm.

“Lanternas” em f/4 1/20 ISO100 @ 16mm.

Crop 100%, acredite, mas esta é uma borda nítida no grande angular, novidade na Canon.

Crop 100%, acredite, mas esta é uma borda nítida no grande angular, novidade na Canon.

“Pak Tai” em f/4 1/15 ISO400 @ 16mm.

“Pak Tai” em f/4 1/15 ISO400 @ 16mm.

Crop 100%, difícil distinguir o que é falta de resolução e profundidade de campo baixa no grande angular em f/4, mas a 16-35mm IS entrega!

Crop 100%, difícil distinguir o que é falta de resolução e profundidade de campo baixa no grande angular em f/4, mas a 16-35mm IS entrega!

“Ching Chung Koon” em f/4 1/15 ISO250 @ 16mm.

“Ching Chung Koon” em f/4 1/15 ISO250 @ 16mm.

Crop 100%, detalhes no limite do quadro, impensáveis para a geração anterior da Canon; impressionante!

Crop 100%, detalhes no limite do quadro, impensáveis para a geração anterior da Canon; impressionante!

“Ching Chung Koon II” em f/4 1/15 ISO320 @ 16mm.

“Ching Chung Koon II” em f/4 1/15 ISO320 @ 16mm.

Crop 100%, o poder de resolução da 5DS e de uma zoom que parece uma prime, incríveis.

Crop 100%, o poder de resolução da 5DS e de uma zoom que parece uma prime, incríveis.

Fechar a abertura gera arquivos ainda mais nítidos, e a 16-35mm f/4 mostra o futuro da fotografia digital comercial: uma zoom de performance óptica superior as primes, como nunca vimos antes. Lembrem: entre os 16-35mm há os 24mm, os 28mm e os 35mm; e eu nunca vi arquivos tão nítidos nestas distâncias focais (talvez aqui e aqui). Em bom português: a performance é f*da! Da mesma forma que podemos “congelar o tempo” com um obturador rápido para “enxergar” coisas novas, invisíveis a olho nu, a novidade agora é registrar detalhes que desaparecem no cotidiano, tamanha é a resolução: letras e placas são registradas com perfeição; texturas são quase sobrenaturais em árvores, com todos os vincos e folhas nítidos; e a complexidade do cotidiano é revelada nos mínimos detalhes. A vinheta acentuada do f/4 também é totalmente eliminada no f/8, para quadros ainda mais claros. É um diversão admirar os arquivos de 50.3MP da 5DS, perfeitamente renderizados na tela do computador, e dá uma nova dimensão as fotos, de tão detalhadas que são.

“Che Kung” em f/8 1/20 ISO200 @ 35mm.

“Che Kung” em f/8 1/20 ISO200 @ 35mm.

Crop 100%, limites do quadro perfeitamente renderizados nos 35mm.

Crop 100%, limites do quadro perfeitamente renderizados nos 35mm.

“Che Kung II” em f/8 1/15 ISO100 @ 35mm.

“Che Kung II” em f/8 1/15 ISO100 @ 35mm.

Crop 100%, a divertida riqueza dos detalhes da 5DS com 50.3MP.

Crop 100%, a divertida riqueza dos detalhes da 5DS com 50.3MP.

“Ching Chung Koon III” em f/8 1/15 ISO500 @ 16mm.

“Ching Chung Koon III” em f/8 1/15 ISO500 @ 16mm.

Crop 100%, a mesma performance de uma prime nas aberturas otimizadas da zoom.

Crop 100%, a mesma performance de uma prime nas aberturas otimizadas da zoom.

“Ching Chung Koon IV” em f/8 1/20 ISO800 @ 16mm.

“Ching Chung Koon IV” em f/8 1/20 ISO800 @ 16mm.

Crop 100%, placas, linhas, contornos e detalhes de altíssimo contraste, perfeitos.

Crop 100%, placas, linhas, contornos e detalhes de altíssimo contraste, perfeitos.

Aberrações cromáticas laterais e distorções geométricas, que assombravam o passado da Canon, também foram corrigidas na 16-35mm f/4, que está “clínica” na reprodução da realidade. As linhas coloridas em contornos de alto contraste nas bordas (CA lateral), e os “halos” roxos em pontos de luz, foram praticamente totalmente eliminados na fórmula nova, sem qualquer exigência de correção via software antes das impressões. Enquanto as aberrações ainda acontecem se “puxarmos” demais os arquivos no computador, por exemplo quando equilibramos highlights e shadows no Photoshop, e ainda aumentamos o contraste da imagem, elas são bem menores do que antes e, repito, na mesma “classe” das primes mais novas. Ao lado das distorções geométricas praticamente invisíveis em distâncias normais de foco (de 3 metros pra cima), seja no super grande angular 16mm quanto no grande angular “padrão” dos 35mm, a óptica acertada da Canon é útil para a aquisição de vídeo, quando não podemos fazer compensações eletrônicas direto na câmera. É a vantagem de ter um projeto grande angular mais longo, com mais espaço para “comprimir” uma imagem tão grande num quadrado tão pequeno, com mais resolução do que as mirrorless.

“Raízes” em f/8 1/20 ISO320 @ 16mm.

“Raízes” em f/8 1/20 ISO320 @ 16mm.

Crop 100%, pior cenário possível contra a luz, sem correção via software; resultado muito bom.

Crop 100%, pior cenário possível contra a luz, sem correção via software; resultado muito bom.

“Natureza” em f/8 1/25 ISO100 @ 35mm.

“Natureza” em f/8 1/25 ISO100 @ 35mm.

Crop 100%, praticamente zero CA lateral com a perfeita EF 24-70mm f/2.8 L II USM.

Crop 100%, praticamente zero CA lateral como a perfeita EF 24-70mm f/2.8 L II USM.

“Ching Chung Koon V” em f/4 1/20 ISO100 @ 16mm; antes parece MELHOR que depois da correção, kkk.

“Ching Chung Koon VI” em f/8 1/20 ISO800 @ 16mm; a correção é praticamente desnecessária, já que a imagem original não parece ruim.

Por fim cores e até o bokeh (sim, bokeh no grande angular!) são extremamente impactantes na 16-35mm f/4 série L; talvez as únicas qualidades que a Canon também entregava nas versões anteriores. As cores são um show a parte: eu me dei o trabalho de voltar praticamente nos mesmos lugares dos testes da 16-35mm f/2.8 L II USM em Hong Kong, para certificar que as cores vivas dos tempos e outros elementos da cultura asiática fossem reproduzidos nos testes da 16-35mm f/4L IS USM. São, de novo, valores absolutos de vermelhos, azuis e verdes (RGB), que “sangram” com ajustes leves de saturação no computador, ou diretamente na câmera, perfeitos para postagem web ou ampliações artísticas. O desfoque também consegue ser suave com o diafragma de 9 lâminas circulares, visível nas distâncias mais próximas de foco. Neste limite do projeto, a 16-35mm f/4 ainda mantém resolução no centro, visível nos detalhes nítidos, mas as bordas mostram aquela cara de “lente de ampliação”, com perda de definição. Não é o melhor uso de uma grande angular, mas funciona para o que é: fotos com resolução e contraste afiados da série L.

“Incenso” em f/4 1/40 ISO100 @ 16mm; distância mínima de foco.

“Incenso” em f/4 1/40 ISO100 @ 16mm; distância mínima de foco.

Crop 100%, limite do projeto zoom, em ângulo e fora do centro, a imagem parece vinda de um vidro de ampliação.

Crop 100%, limite do projeto zoom, em ângulo e fora do centro, a imagem parece vinda de um vidro de ampliação.

“Incenso II” em f/4 1/20 ISO200 @ 16mm.

“Incenso II” em f/4 1/20 ISO200 @ 16mm.

Crop 100%, fora da distância mínima de foco e no centro, a resolução é intacta.

Crop 100%, fora da distância mínima de foco e no centro, a resolução é intacta.

“Po Lin” em f/8 1/100 ISO100 @ 24mm; cores perfeitas da ciência da Canon EOS.

“Po Lin” em f/8 1/100 ISO100 @ 24mm; cores perfeitas da ciência da Canon EOS.

Crop 100%, apenas mais um exemplo de como o CA lateral é bem controlado.

Crop 100%, apenas mais um exemplo de como o CA lateral é bem controlado.

“Po Lin II” em f/8 1/30 ISO100 @ 28mm; azuis, vermlhos e verdes absolutos, incríveis.

“Po Lin II” em f/8 1/30 ISO100 @ 28mm; azuis, vermelhos e verdes absolutos, incríveis.

VEREDICTO

A Canon EF 16-35mm f/4L IS USM é a base da gama “super grande angular” da Canon hoje, saindo por apenas US$999 ao lado da EF 16-35mm f/2.8 L III USM de US$1999, e da absurda EF 11-24mm f/4L USM de US$2999; ambas sem estabilizador. Muito mais que um update a qualquer versão antiga, ela é uma classe nova de equipamento na linha EF porque trás a especificação simplificada no f/4 junto do estabilizador de imagem. Ela faz isso num corpo relativamente pequeno comparada as objetivas atuais, apesar de maior que as anteriores), com ergonomia acertada nas mãos, não importa o anel de zoom duro; prefira usá-la como uma “prime variável” do que uma zoom flexível. Os motores internos são os de sempre na Canon L, com implementações perfeitas com silêncio, velocidade e precisão, que raramente vemos juntas nas outras fabricantes. Opticamente ela é virtualmente perfeita, o que a coloca no topo da lista de recomendações do grande angular: pequena, leve e estabilizada, você realmente precisa justificar os f/2.8 da 16-35mm III, ou os 11mm da 11-24mm. No final das contas, menos é mais, e nesta 16-35mm f/4, este menos é muito mais. É uma peça obrigatória no kit full frame, para as fotos dramáticas do grande angular.