Sigma 135mm f/1.8 DG HSM

“Nessa terra de gigantes, já ouvimos tudo isso antes…”

Escrito por Marcelo MSolicite nosso mídia kit. Faça o download do pacote de arquivos raw (05 fotos, 317MB).

Tempo estimado de leitura: 11 minutos e meio.

Abril/2018 – A 135mm f/1.8 DG HSM é, por enquanto, a objetiva prime mais longa da linha Sigma Art. Apresentada na metade de 2017, ela chega depois da fabricante completar a linha “f/1.4” com projetos de alta performance dos 20mm aos 105mm, passando por 35mm, 50mm e 85mm; agora com abertura menor f/1.8, nos limites do range focal. Uma distância popular entre fotógrafos de retratos e paisagens, ela já é oferecida em praticamente todas as outras marcas, seja numa versão prime, com grande abertura; ou dentro de uma zoom, como as 70-200mm. A profundidade de campo é curta com as longas distâncias de trabalho entre fotógrafo e sujeito, e tanto as facetas humanas saem agradáveis, com extremidades planas (narizes e orelhas de tamanhos reduzidos); quanto as distorções geométricas são invisíveis (nas paisagens). Mas a Sigma mais uma vez leva a distância focal ao próximo nível, e atribuiu à fórmula óptica um genuíno projeto “curto telephoto”, como a 85mm Art DG: lentes gigantes de baixa curvatura aumentam a resolução no quadro todo, e são distintas das concorrentes “antigas” que usam uma tradicional fórmula “duplo-Gauss”. Será então a Sigma Art a melhor objetiva 135mm do mercado? Vamos descobrir! Boa leitura. (english)

CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO

Sigma 135mm f/1.8 DG HSM

Em 9.2 x 11.5cm de 1130 gramas de plásticos, metais, vidros e borrachas, mais uma vez o que a Sigma fez na 135mm f/1.8 Art DG HSM parece absolutamente sem sentido; grande e pesada, para justificar a fórmula óptica “telephoto”. Eu sei que parece mimimi logo no começo de um review, e reconheço que este aspecto varie de gosto. Mas precisamos começar a questionar estas decisões nos projetos da Sigma: estas objetivas não estão ficando grandes demais? Tanto 50mm quanto 85mm Art também são enormes, as maiores dentre as concorrentes de cada segmento, e fica difícil a recomendação logo pelo tamanho; você realmente precisa adorar a Sigma, e ver vantagens notáveis nas imagens, para considerar a compra da 135mm. Por outro lado o que ela tem grande ela tem de robusto, e novamente vemos o tal “TSC” (thermally stable composite) bem empregado; a 135mm Art é feita de plástico, porém sem grandes problemas na construção. Este material tem a mesma afinidade metálica que o alumínio, mas pesa quase 30% menos (de acordo com a Sigma) e custa mais barato para fabricar; perfeito para objetivas acessíveis. Então há pouco do que reclamar sobre a construção, sem estalos nos painéis ou desalinhamentos, pronta para anos de operação.

Sigma 135mm f/1.8 DG HSM

Nas mãos o projeto é grande e pesado, embora relativamente ergonômico; a 135mm é curta e bem equilibrada, melhor até que a 85mm Art. Aquela objetiva, por incrível que pareça, é maior que esta 135mm, apesar da distância focal menor; a Sigma realmente fez uma 85 gigante nos f/1.4. Mas a 135 segue o mesmo estilo “sóbrio” desde a primeira objetiva Sigma Art de 2012, com acabamento de metal próximo do mount, seguro de montar na câmera; seguido por uma área emborrachada com cerca de 3cm, feita para descansar as mãos. O anel de foco manual é grande porém não exagerado como na 85mm Art, e tem cerca de 0.5cm de altura, com 5.1cm de profundidade (4.2 cobertos por borracha). O giro do foco mínimo de 87cm até o infinito tem cerca de 180º, comprido e com alta precisão, além de suave de uma ponta a outra. A janela de distância oferece ainda marcações em pés e em metros, com operação simples, também com o anel de foco “sempre manual”; mesmo com chave na posição automática, é possível usá-lo para compensações. Por fim um painel lateral abriga os controles de liga/desliga do motor de foco, e ainda um “limitador” de distância, com três opções: uma completa; uma do 1.5m ao infinito; e outra contrária, o 1.5m ao foco mínimo. Desta forma o giro do motor é reduzido, que em teoria duplica a velocidade do foco.

Sigma 135mm f/1.8 DG HSM

Do lado de dentro a Sigma emprega a geração mais recente do motor HSM, aquele fino e com torque maior, apresentado na zoom exótica 50-100mm f/1.8; silencioso, suave, e até rápido; pelo menos naquela objetiva. Na fórmula desta 135mm, a “gigante” exigiu um sistema de focagem especial do tipo “float”, e usa grupos traseiros independentes, pensados na qualidade de imagem; o que deixa a focagem um pouco lenta. Sejamos francos: tanto 85mm Art, quanto 50-100mm DC e 150-600mm Contemporary levaram a outro nível as capacidades de auto-foco da Sigma, e as velocidades são fantásticas para a abertura (na 85mm), o formato (na 50-100) e a distância focal (na 150-600mm). Mas a 135mm f/1.8 DG claramente está atrás de todos estes modelos. Aqui testada com DSLR Canon EOS 5DS, o foco automático dura cerca de 01 segundo, claramente com um “ciclo” estranho de “busca” > “aproximação” > e então confirmação do foco; não é instantâneo busca > confirmação como as objetivas da Canon, por exemplo. É mais devagar que a EF 135mm f/2 L USM, ou qualquer zoom 70-200L, apesar de não ser particularmente lento. Para seguir os ciclistas da Avenida Paulista a 135DG não teve qualquer problema em modo SERVO, além dela ser relativamente precisa; vi menos de 20% das fotos fora de foco, ao longo deste review.

“WonderWoman” com a EOS 5DS + Sigma 135mm f/1.8 DG HSM em f/2 1/2000 ISO320.

“WonderWoman” com a EOS 5DS + Sigma 135mm f/1.8 DG HSM em f/2 1/2000 ISO320.

Crop 100%, acerto de foco SERVO quase perfeita, com apenas uma foto fora de foco. (clique para ver maior)

Crop 100%, acerto de foco SERVO quase perfeita, com apenas uma foto fora de foco. (clique para ver maior)

Sigma 135mm f/1.8 DG HSM

Enfim sem estabilizador de imagem embutido, ou funções especiais na operação, o que resta na Sigma 135mm f/1.8 DG HSM são os filtros de ø82mm na frente, menores e incompatíveis com os de ø86mm da 85mm f/1.4 Art; embora comuns no novo mercado de alta performance (os ø82mm são os novos ø77mm). O parasol incluído na caixa é do tipo “tubo”, sem a forma de pétalas, e tem ajuste por pressão, preso num trilho específico na frente. Ele adiciona cerca de 9cm a objetiva já grande, e o conjunto fica gigante; é praticamente uma mini-telephoto prime de grande abertura, chatinha de trabalhar. Os primeiro e último elementos também são tratados para repelir água e gordura, fáceis de limpar caso você toque-os com os dedos. E a baioneta de montagem inclui uma borracha de vedação, apesar de nada ser declarado sobre a proteção contra chuva e poeira. Por fim a última lente é fixa e bastante protuberante, infelizmente incompatível com teleconversores EF Extender 2X, como a Canon 135mm f/2 (que “vira” uma 270mm f/4). O que a Sigma entrega na Art DG HSM é uma verdadeira monstruosidade mecânica, feita para justificar a fórmula óptica exótica, menos prática que as opções das concorrentes. Mas será que vale a pena o investimento no kit? Somente a análise das imagens poderá justificar a compra de mais uma gigante “Art”.

QUALIDADE DE IMAGEM

“Canyon” em f/1.8 1/250 ISO800; todas as fotos com a Canon EOS 5DS.

“Canyon” em f/1.8 1/250 ISO800; todas as fotos com a Canon EOS 5DS.

Com uma complexíssima fórmula óptica de 13 elementos em 10 grupos, duas peças de “super” baixa dispersão (SLD), e duas excelentes peças FLD de grande diâmetro (que a Sigma declara ter as mesmas propriedades da fluorita artificial; que ficou de fora da 85mm Art); ainda com o diafragma de nove lâminas curvas e tratamentos químicos nos elementos, mais uma vez o que a Sigma entrega opticamente na série “Art” é… curioso. Os 135mm são uma especificação popular para retratos e, sem atualizações nas principais fabricantes há quase duas décadas, a Sigma não precisou ”de muito” para seduzir o mercado fotográfico sedento por novidades: basta resolver as aberrações, aumentar a resolução nas bordas; e qualquer fotógrafo desavisado já estaria babando na internet. Mas o fato é que não podemos desviar das leis da física, e mais uma vez a linha Art pisa na bola com um projeto óptico “de baixo custo”. A135DG é baseada numa fórmula “telephoto miniaturizada”, longa e de alta resolução, sim mas não “duplo-Gauss” como Canon e Nikon, que são muito mais agradáveis para retratos. Resultado: as fotos da Sigma não tem “separação” entre os primeiro e segundo planos, e o desfoque é “liso”, sem a aparência natural da óptica gaussiana.

“Canyon II” em f/1.8 1/250 ISO800.

“Canyon II” em f/1.8 1/250 ISO800.

Uma rápida olhada nas fórmulas ópticas abaixo ilustra o “problema” da Sigma 135mm Art. O projeto com elementos gigantes e de baixa curvatura mantém o plano de imagem absolutamente “plano”, com resolução de borda a borda do quadro; bem-vindo para trabalhos de alta precisão como paisagens. Mas para fotografarmos pessoas, outras características ópticas contribuiriam melhor para retratos agradáveis. A distorção esférica da fórmula duplo-Gauss, por exemplo, “separa” os primeiro e segundo planos com uma “bolha” de geometria aritmética, com perspectiva maior na frente e menor atrás; dando impressão de profundidade entre eles. A iluminação mais escura nas bordas da fórmula Gauss contribui para 1) cores mais saturadas e 2) o degradê sutil em pontos de luz; para um desfoque muito mais “orgânico”. E nada disso acontece nas Sigmas 85 ou 135. Os retratos com baixa profundidade de campo então parecem “desfoques artificiais” do lado esquerdo e do lado direito do sujeito, e isso é um problema. Portanto fica a decisão para o fotógrafo: comprar a Sigma com maior resolução no quadro; ou as concorrentes duplo-Gauss?

Sigma 135mm f/1.8 DG HSM

Não que estas características sejam absolutamente ruins nas imagens geradas pela Sigma 135DG. Na abertura máxima, dada a planificação do quadro com a fórmula telephoto e o uso de elementos de alta performance, as imagens em “f/1.8” são as mais nítidas que já vimos numa objetiva prime. Paisagens na abertura máxima entregam mais detalhes e menos aberrações nesta 135mm em f/1.8, do que a Canon entrega na EF 70-200mm f/2.8 L II IS USM em f/8; esta uma zoom topo de linha de quase US$1999! É bizarro vermos nos testes com a EOS 5DS, a câmera full frame com maior resolução no mercado hoje, linhas de janelas à distância em f/1.8 e a noite, em 50MP; abrindo caminho para novos mercados nesta distância focal. A astrofotografia “telephoto”, por exemplo, agora pode ser capturada por uma fração do preço nestas distâncias mais longas. Os retratos de alta precisão, como os feitos em estúdio com fundo liso, podem ser feitos sem aberrações cromáticas (que são caóticas nas concorrentes “vintage”). E para mim, que inclui no kit até uma EF 200mm f/2 L IS USM meramente para fotografar paisagens no f/8, a resolução da Sigma é um “game changer”; nunca vimos tamanha definição, e agora nos 135mm f/1.8 de baixo custo.

“São Paulo” em f/1.8 1s ISO100.

“São Paulo” em f/1.8 1s ISO100.

Crop 100%, a inacreditável resolução na abertura máxima, digna de uma telephoto prime.

Crop 100%, a inacreditável resolução na abertura máxima, digna de uma telephoto prime.

“Pôr” em f/2 1/350 ISO100; exposição sem tripé, sob pouca luz.

“Pôr” em f/2 1/350 ISO100; exposição sem tripé, sob pouca luz.

Crop 100%, nitidez impressiona vindo da 5DS, monstra de 50MP.

Crop 100%, nitidez impressiona vindo da 5DS, monstra de 50MP.

“Pole” em f/2 1/180 ISO100; efeitos criativos da profundidade de campo.

“Pole” em f/2 1/180 ISO100; efeitos criativos da profundidade de campo.

Crop 100%, impressões gigantes direto da prime de grandíssima abertura.

Crop 100%, impressões gigantes direto da prime de grandíssima abertura.

O que não funciona, porém, de fato é a tal “qualidade do desfoque”: incrivelmente “plana”, sem mudanças no degradê dos tons; o que é um problema nas imagens da 135. Uma fórmula duplo-Gauss tem características óbvias fora de foco: “olhos de peixe” côncavos ao redor do quadro, dada a distorção esférica acentuada das lentes; difusão menor nos elementos mais próximos do plano focal, e maior nos mais distantes; e cores vibrantes nas bordas, dada a iluminação menor (vinheta) nos limites do quadro. Mas numa fórmula telephoto, como a usada pela Sigma, feita com lentes de diâmetro maior e menor curvatura, há pouca distinção no desfoque; a geometria é virtualmente a mesma entre o primeiro e o segundo planos. Por exemplo quando exageramos o efeito, com um objeto tridimensional em perspectiva 3/4, a impressão é de desfoque lateral: os lados esquerdo e direito tem a mesma aparência, sem distinguir o que está na frente e o que está atrás. As fotografias de rua saem “chapadas”, como se o sujeito fosse “recortado e colado” sobre um fundo preparado. E é uma decisão de compra fácil sobre a Sigma 135mm Art (e 85mm): elas é de alta resolução sim, mas não “a melhor” curto/médio telephoto para trabalhar com retratos.

“Welt” em f/1.8 1/250 ISO2000; se não fossem as letras, mal saberíamos o que está na frente ou atrás.

“Welt” em f/1.8 1/250 ISO2000; se não fossem as letras, mal saberíamos o que está na frente ou atrás.

“Folha” em f/1.8 1/4000 ISO100; desfoque “plano”, difuso, também sem distinção entre primeiro e segundo plano.

“Folha” em f/1.8 1/4000 ISO100; desfoque “plano”, difuso, também sem distinção entre primeiro e segundo plano.

“Ciclista” em f/1.8 1/2000 ISO320; desfoque quase sem projeção da geometria.

“Ciclista” em f/1.8 1/2000 ISO320; desfoque quase sem projeção da geometria.

“Ciclista II” em f/2 1/2000 ISO1600; o fundo está fora de foco sim, mas o sujeito parece recortado na frente.

“Ciclista II” em f/2 1/2000 ISO1600; o fundo está fora de foco sim, mas o sujeito parece recortado na frente.

Fechar a abertura tem impacto mínimo na resolução das imagens; virtualmente perfeitas logo no f/1.8. O que muda, na verdade, é a correção de uma única aberração cromática nos planos fora de foco, vista em bolhas coloridas mínimas sobre pontos de luz fortes (aberração primária); e a compensação positiva da vinheta, invisível logo no f/2.8 (!). As aberrações axiais secundárias no plano de desfoque absolutamente não existem no projeto da Sigma, o que é um salto exponencial sobre a performance da Canon 135mm L. Sabe aquela bolhas coloridas em pontos de alto contraste no segundo plano? Pois é, elas não acontecem nesta Sigma. A performance é perfeita para trabalhos de precisão, sem a exigência de correções via software, que geralmente diminuem aa resolução dos arquivos. Tal qualidade será bem apreciada, repito, pela nova geração de fotógrafos amadores de astrofotografia digital, que podem ter um kit de altíssima resolução por uma fração do preço de antes; agora com aberturas exóticas. E para os fotógrafos do estúdio, é outra quebra de paradigma para a qualidade de imagem: perfeição na abertura máxima f/1.8.

“Campo” em f/6.7 1/500 ISO100; projeção perfeitamente plana para paisagens.

“Campo” em f/6.7 1/500 ISO100; projeção perfeitamente plana para paisagens.

“Way” em f/6.7 1/350 ISO100.

“Way” em f/6.7 1/350 ISO100.

Crop 100%, detalhes visíveis nas bordas do quadro da 5DS.

Crop 100%, detalhes visíveis nas bordas do quadro da 5DS.

“Campo II” em f/6.7 1/500 ISO100.

“Campo II” em f/6.7 1/500 ISO100.

Crop 100%, nitidez impecável de uma prime.

Crop 100%, nitidez impecável de uma prime.

Por fim as cores são uma última surpresa na Sigma 135mm f/1.8 DG HSM: relativamente saturadas e naturais, apesar do contraste em baixa; muito mais vívidas que a 85mm f/1.4 Art. Graças ao par de vidros FLD com transmissividade semelhante à fluorita artificial (e sem aberrações cromáticas), as cores são “felizes”, aqui testada com uma câmera Canon EOS. Tons de azul, amarelo e verde são “naturais” direto da câmera, sem ajustes no computador. Sombras ao longo do dia refletem a atmosfera da imagem, com tons de marrom sob o sol a pino; laranja próximas do pôr-do-sol; e azuis na penumbra do final da tarde. Os retratos também são simpáticos com a 135mm da série Art, com tons rosados em sujeitos de pele clara, e cores firmes nas peles mais escuras; embora menos saturados que os da Canon 135L. Mas são todos fáceis de manipular: qualquer ajuste de balanço de branco na câmera, ou “tone gradient” no Photoshop, devolverá a qualidade às cores da Sigma 135mm. Ainda com excelente resistência a reflexos internos e a perfeita correção de aberrações, as cores da Sigma estão, cada vez mais, próximas das fabricantes principais.

“Flores” em f/1.8 1/2000 ISO100; cores simpáticas sob luz solar.

“Flores” em f/1.8 1/2000 ISO100; cores simpáticas sob luz solar.

“Reflexo” em f/1.8 1/2000 ISO100; tons agradáveis praticamente direto da câmera.

“Reflexo” em f/1.8 1/2000 ISO100; tons agradáveis praticamente direto da câmera.

“West” em f/6.7 1/350 ISO100; paisagens fáceis de editar nos clicks da Canon.

“West” em f/6.7 1/350 ISO100; paisagens fáceis de editar nos clicks da Canon.

“Ciclista III’ em f/1.8 1/2000 ISO200; tons de peles amarronzados e agradáveis.

“Ciclista III’ em f/1.8 1/2000 ISO200; tons de peles amarronzados e agradáveis.

VEREDICTO

A 135mm f/1.8 DG HSM é, como qualquer objetiva da Sigma “Global Vision Art”, um prazer de analisar e trabalhar. Os projetos são gigantes, o peso é absurdo, e a ergonomia questionável; quem defendia o mercado mirrorless de câmeras menores, realmente fica sem argumentos para defender também a linha Global Vision “Art”. Mas nas mãos a experiência tem sempre aquele “premium” que a fabricante aprendeu a fazer da base ao topo da gama, e o carinho para com a fabricação é notável. A operação é fácil como esperamos de uma objetiva além dos US$1000, com anel de foco manual perfeito, preciso e suave de usar; e o foco automático exótico “float” é bem-vindo; pensado na qualidade de imagem, apesar de não ser dos mais rápidos. A fórmula óptica esconde o “segredo” de tamanha performance por um preço justo, com um projeto restritamente “telephoto” distinto das objetivas “duplo-Gauss”; apesar de muito plano, ruim nos retratos. Enquanto a Sigma estabeleça novos paradigmas de resolução e controle de aberrações no f/1.8, nunca entregues por qualquer fabricante e perfeita para paisagens, ela peca nas fotografias com baixa profundidade de campo; talvez o mercado mais importante para esta distância focal. Então a Sigma é, como sempre, uma escolha cuidadosa no kit”. Ela vale pelo o que é – uma médio telephoto – mas não é a melhor delas. Para retratos, continue com a Canon e Nikon, e boas fotos!