Sigma 50-100mm f/1.8 ART DC HSM

Estado da Arte


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Novembro/2016 – A Sigma 50-100mm f/1.8 DC HSM é uma objetiva zoom única no mercado, sem equivalentes. Com abertura constante f/1.8, ela é maior que qualquer zoom f/2.8 oferecida por outros fabricantes, e é maior inclusive que as primes, já que ninguém produz uma fixa 100mm f/1.8. Uma especificação “exótica” e que segue os passos da “outra zoom f/1.8” Sigma 18-35mm DC, o segredo da abertura está no formato que ela atende: enquanto as outras zoom servem o “full frame”, estas Sigmas são exclusivas para os sensores APS-C. Por “apenas” US$1099, você leva numa única peça uma variedade de distâncias focais (50mm, 85mm, 100mm) e a grande abertura, para trabalhar ou sob pouca luz ou com os efeitos da profundidade de campo curta. Será a zoom definitiva o APS-C? Ou será um projeto ousado demais? Vamos descobrir! Boa leitura. (english)

CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO

Sigma 50-100mm f/1.8 DC HSM

Em 17 x 9.3 cm de 1490g de metais, plásticos e borrachas, não há dúvidas que estamos tratando de uma especificação exótica quando vemos a 50-100mm f/1.8 DC. Grande e pesada, esta é uma verdadeira maravilha da engenharia, e a Sigma não poupou materiais nobres para criar uma peça robusta, capaz de suportar tantos vidros. Com tubos internos, anéis e mount de metal, e destaque está no emprego extensivo do Sigma TSC (“Thermally Stable Composite”), um plástico mais elástico que o policarbonato e com as mesmas propriedades termodinâmicas do alumínio. Assim a 50-100 f/1.8 DC consegue ser robusta e permitir a especificação, que lembra as 70-200mm f/2.8 topo de linha daquelas difíceis de carregar, que gritam “trabalho”. Esta não é uma objetiva “para levar para passear”, mas funcionará bem em estúdios ou montada em rigs de filmagem.

Sigma 50-100mm f/1.8 DC HSM

Nas mãos o design sóbrio segue a forma, com uma pegada confortável que distribui bem o peso. Começando perto da câmera, um pé de tripé não removível tem um formato curioso, de perfil baixo. Diferente das verdadeiras “pernas” que vemos em equipamentos maiores, a idéia é manter o diâmetro menor e o centro de gravidade baixo, para equilibrar melhor com as câmeras leves do APS-C. Com clicks de 90º e uma trava do tipo parafuso, o pé funciona bem até para apoiar nas mãos, já que os dedos caem sobre o anel de zoom, que é mais alto. Embora os dedos não passem entre o anel e o pé, isto não é um problema para a operação. Como o anel de zoom tem uma borracha grossa e elevada, ele é perfeito para dar tração a rotação suave de 80º, que vai dos 50-100mm em sentido horário (oposto as Canon EF), e com movimentos internos (nada expande para fora do tubo). Esta suavidade será aproveitada por videomakers, que poderão mudar o zoom sem balançar a câmera. Mas será ruim para quem fotografa ação, já que perdemos agilidade no anel.

Sigma 50-100mm f/1.8 DC HSM

No meio, ao lado, fica a chave liga/desliga do foco automático, sozinha ao alcance do dedão. Feita para ser operada sem tirar a câmera do olhos, ela é redundante uma vez que o anel de foco manual suporta a operação junto do motor automático (“full time manual”), mesmo na posição AF. Em cima, uma janela de distância mostra marcações em pés e em metros, com o mínimo de 0.95m até o infinito, num giro de 150º. Este é o giro do enorme anel de foco manual da frente, que é também a parte “mais alta” da objetiva; ela vai “crescendo” do mount até o elemento da frente, diferente das 70-200mm que geralmente tem uma espessura só. Extremamente gostoso de usar, o anel de foco tem 4.4cm de espessura e borracha alta, grudenta, porém de resposta tátil diferente do zoom (os cortes são mais próximos um do outro), impossível de confundi-los. A rotação também é suave como a do zoom, e evidencia a atenção da Sigma com a ergonomia e a precisão na fabricação.

Sigma 50-100mm f/1.8 DC HSM

Do lado de dentro a Sigma colocou na 50-100mm a mais recente geração do motor silencioso HSM. 30% mais fino exatamente para acomodar vidros tão grandes, a novidade deste módulo está no torque mais alto, para movimentar mais rápido os elementos maiores. Resultado: esta é de longe a objetiva “não Canon L” com foco automático mais rápido que já usei, um imenso salto na relação Canon-Sigma. Enquanto TODAS as outras 35mm f/1.4DG, 50mm f/1.4DG, 18-35mm f/1.8DC e 24-105mm f/4DG “Art” que eu testei tiveram problemas durante a focagem, a 50-100mm nem parece ser de uma fabricante third party. Nos testes com a nova 80D, o Live View com o Canon Dual Pixel trava o foco instantaneamente em objetos estáticos, ótimo para paisagens e produtos. Mas é usando o espelho e o módulo de 45 pontos em modo SERVO, que a 50-100mm brilha: mesmo seguindo sujeitos em alta velocidade, a precisão é alta, com sequências em f/1.8 80% em foco. É a primeira vez que vejo isto numa Sigma e posso pensar em recomendá-la para fotografar ação.

“Panamá” com a EOS 80D + Sigma 50-100mm f/1.8 DC HSM em f/1.8 1/4000 ISO100 @ 100mm.

“Panamá” com a EOS 80D + Sigma 50-100mm f/1.8 DC HSM em f/1.8 1/4000 ISO100 @ 100mm.

Crop 100%, praticamente 80% das fotos em foco no SERVO AF, na abertura máxima. (clique para ver maior)

Crop 100%, praticamente 80% das fotos em foco no SERVO AF, na abertura máxima. (clique para ver maior)

Na frente a 50-100mm aceita filtros de ø82mm, grandes e caros, e que vão numa rosca de plástico. Esta rosca parece ser fácil de ser substituída em caso de quebra, visto que os parafusos estão a mostra do lado de fora; a única justificativa para isso num design tão bonito. Os filtros vão dentro do parasol do tipo pétala, incluso na caixa, e que aumenta mais 9cm ao já longos 17cm da 50-100mm; ela fica imensa e chama muita atenção nas ruas. E atrás o mount de metal pode ser substituído na assistência técnica por outro encaixe (Sigma, Sony, Nikon, Pentax e Canon), para mantê-la pra sempre no kit (serviço indisponível no Brasil). De fato a 50-100mm parece ser feita para a vida toda, apesar da Sigma não ter feito nenhum tipo de proteção a respingos d’água e poeira, o tal “weather sealing”; ou seja, nada de fotografar debaixo de chuva com a sua EOS 7D Mark II ou Nikon D500. Em tempo, este mount é do tipo EF, o que permite montá-lo nas câmeras full frame (não é EF-S). Mas uma borda preta aparece em 50mm, e a vinheta é alta em 100mm.

Sigma 50-100mm f/1.8 DC HSM

”Sampa” com a EOS 6D + Sigma 50-100mm f/1.8 DC HSM em f/4 1/1250 ISO100 @ 50mm e 100mm numa câmera full frame.

Enfim a Sigma tem feito com a linha Global Vision Art, avanços nos últimos quatro anos (sim, ela tem apenas quatro anos de mercado) que as outras marcas não fizeram nas últimas quatro décadas. Não somente ela tem entregue especificações exóticas, seja em abertura no zoom (f/1.8) ou distâncias focais de grande abertura (20mm f/1.4), mas desenvolvido tecnologias para torná-las realidade; e a 50-100mm f/1.8 DC HSM é mais um exemplo disto. Eu gosto de repetir a frase “parece fácil depois de pronto”, mas não é! Com o novo composto TSC, a Sigma está provando que tudo é possível quando a criatividade se une a engenharia, e produziu uma verdadeira obra de arte no mercado óptico, por um preço baixo e que conquistará um lugar no kit de muitos fotógrafos.

QUALIDADE DE IMAGEM

“S” em f/5.6 1/250 ISO100 @ 50mm; todas as fotos com a Canon EOS 80D.

“S” em f/5.6 1/250 ISO100 @ 50mm; todas as fotos com a Canon EOS 80D.

Com uma fórmula de 21 elementos em 15 grupos, 1 de super baixa dispersão, 3 (!) “FLD” (composto que a Sigma diz ter as mesmas propriedades do fluorite), 1 de alta refração, coatings em todos os vidros e um novo diafragma com nove lâminas, a 50-100mm f/1.8 DC HSM também não deixa a tecnologia de fora no departamento óptico. São elementos gigantes em uma zoom com apenas 2x, e distância mínima de foco em cerca de 1 metro (0.95cm). Então a performance óptica não poderia deixar de ser incrível: praticamente esta zoom é a “50mm f/1.8” mais nítida do mercado, por uma margem grande em relação as primes equivalentes; e o contraste e a resolução são intactos, não importa a abertura ou a distância focal. Sim, ainda vemos probleminhas com aberrações cromáticas de eixo e laterais, mas nada que um software não corrija perfeitamente. No geral, esta é uma das objetivas mais impressionantes que já vi no vlog do zack. Sensacional!

“Cálcio” em f/6.3 1/1000 ISO100 @ 100mm.

“Cálcio” em f/6.3 1/1000 ISO100 @ 100mm.

O que precisamos deixar claro antes de avaliar as imagens da 50-100mm f/1.8, porém, é que ela não faz o mesmo que outras objetivas já existentes; portanto, evitemos comparações. Além de atender só o APS-C, o foco mínimo é longo em 0.95cm; bem longe do que as “primes full frame” das outras fabricantes fazem. Em 50mm, por exemplo, a Canon EF 50mm f/1.8 STM foca em apenas 35cm, muito mais interessante para fotografar detalhes com a profundidade de campo curta. Em 85mm, a Canon EF 85mm f/1.8 USM e a Nikon AF-S 85mm f/1.8G também focam mais próximas que a Sigma, ambas em 80cm. E em 100mm a Sigma continua atrás das EF 100mm f/2 (90cm) e nem chega perto das macros f/2.8 (ambas EF focam em 34cm). Então não há mágica na Sigma. São peças de vidros grandes e com foco mínimo de 0.95cm, voltados para a alta performance.

“Secret Road” em f/6.3 1/160 ISO250 @ 50mm.

“Secret Road” em f/6.3 1/160 ISO250 @ 50mm.

Crop 100%, detalhe na borda máxima do arquivo; um projeto feito para fotografar a distância.

Crop 100%, detalhe na borda máxima do arquivo; um projeto feito para fotografar a distância.

O mais impressionante é que a resolução e o contraste no centro são perfeitos logo em f/1.8. Enquanto as primes “baratinhas f/1.8” (preço menor que US$499, para 50mm e 85mm) mostram vazamentos de luz e halos coloridos na abertura máxima, na Sigma as fotos são incrivelmente nítidas, perfeitas para retratos de meio corpo, em 50mm, ou closes no rosto, em 100mm. É realmente uma flexibilidade nunca vista antes, porque as fotos são “afiadas”, não importa a situação de luz e nem do sujeito. Comento sobre o sujeito, porque sempre recebo reclamações de retratistas que veem suas “cinquentinhas” explodirem com bolhas coloridas em elementos cromados (jóias) e roupas brancas (noivas). Em câmeras APS-C recentes de “alta densidade” (24MP+), a Sigma entrega os arquivos mais fiéis ao sensor, com perda de resolução leve apenas nas bordas; visível somente em cenas bidimensionais (como paisagens, não retratos).

"Auto-retrato" em f/1.8 1/500 ISO100 @ 50mm; sujeito a cerca de três metros da câmera.

“Auto-retrato” em f/1.8 1/500 ISO100 @ 50mm; sujeito a cerca de três metros da câmera.

Crop 100%, sinais mínimos de aberração cromática de eixo, no óculos cromado; resolução impecável na abertura máxima.

Crop 100%, sinais mínimos de aberração cromática de eixo, no óculos cromado; resolução impecável na abertura máxima.

"Auto-Retrato II" em f/1.8 1/500 ISO100 @ 100mm; isolamento perfeito do sujeito, profundidade de campo curtíssima.

“Auto-Retrato II” em f/1.8 1/500 ISO100 @ 100mm; isolamento perfeito do sujeito, profundidade de campo curtíssima.

Crop 100%, nenhum sinal de aberração cromática e resolução perfeita na abertura máxima, sensacional.

Crop 100%, nenhum sinal de aberração cromática e resolução perfeita na abertura máxima, sensacional.

“Powerslide” em f/1.8 1/2500 ISO100 @ 100mm.

“Powerslide” em f/1.8 1/2500 ISO100 @ 100mm.

Crop 100%, não há q-u-a-l-q-u-e-r sinal de blooming, sensacional!

Crop 100%, não há q-u-a-l-q-u-e-r sinal de blooming, sensacional!

“Chrome” em f/1.8 1/4000 ISO100 @ 100mm.

“Chrome” em f/1.8 1/4000 ISO100 @ 100mm.

Crop 100% sinais mínimos de aberração cromática na haste do óculos.

Crop 100%, sinais mínimos de aberração cromática na haste do óculos.

Fechar a abertura mal tem algum efeito na resolução dos arquivos, com mudança apenas na vinheta, menos acentuada de f/2.8 para cima. Como os f/stops maiores (abertura menor) usam só o miolo do conjunto, é possível então aumentar também a resolução nas bordas, útil apenas para fotografar grupos de pessoas ou, de novo, as paisagens. O escurecimento das bordas é totalmente eliminado, visto em céus e segundos planos com iluminação uniforme, sem a necessidade de correções no computador. Um detalhe curioso é que a mudança de abertura do diafragma também muda a aparência do flaring, que são aqueles reflexos internos em cenas contra a luz. Na abertura máxima o flaring é difuso e grande, mas nos f/stop maiores ele muda de intensidade. Então é uma boa ideia usar a previsão da abertura quando este “fenômeno” acontecer; isto se acontecer.

“Folhas” em f/8 1/125 ISO200 @ 50mm.

“Folhas” em f/8 1/125 ISO200 @ 50mm.

Crop 100%, resolução impecável nas bordas, nas aberturas otimizadas.

Crop 100%, resolução impecável nas bordas, nas aberturas otimizadas.

“Paredão” em f/6.3 1/250 ISO500 @ 100mm.

“Paredão” em f/6.3 1/250 ISO500 @ 100mm.

Crop 100%, prints imensos podem ser feitos com os arquivos desta zoom.

Crop 100%, prints imensos podem ser feitos com os arquivos desta zoom.

“Raio de luz” em f/6.3 1/250 ISO500 @ 100mm.

“Raio de luz” em f/6.3 1/250 ISO500 @ 100mm.

Crop 100%, cada árvore é renderizada pela 50-100mm, limitada pelo sensor de 24MP da EOS 80D.

Crop 100%, cada árvore é renderizada pela 50-100mm, limitada pelo sensor de 24MP da EOS 80D.

“That day” em f/6.3 1/800 ISO100 @ 53mm; flaring com a abertura fechada.

“That day” em f/6.3 1/800 ISO100 @ 53mm; flaring com a abertura fechada.

“Later that day” em f/2.2 1/5000 ISO100 @ 87mm; menos flaring em aberturas maiores.

“Later that day” em f/2.2 1/5000 ISO100 @ 87mm; menos flaring em aberturas maiores.

Já as aberrações cromáticas são extremamente bem controladas, com linhas coloridas nas bordas, fáceis de corrigir via software; e bolhas coloridas mínimas no desfoque (aberração axial). Elas são uma fração do que vemos nas full frame EF 50mm f/1.8 II ou AF-S 85mm f/1.8G, que tem vidros de qualidade inferior, incapazes de focar todos os espectros da luz nos pontos corretos. E também muito melhores que a própria Sigma 18-35mm f/1.8 DC HSM, que não se saia tão bem no “grande angular”. É a vantagem dos vidros exóticos SLD + FLD + High-Refractive, e também o projeto complexo de 21 elementos. Por incrível que pareça, até a distorção geométrica é bem controlada apesar dos 15 grupos, com mínima distorção do tipo bolha nos 50mm, e pincushion em 100mm.

“Vale” em f/5.6 1/125 ISO200 @ 50mm.

“Vale” em f/5.6 1/125 ISO200 @ 50mm.

Crop 100%, aberração lateral discreta nas bordas, facílima de corrigir.

Crop 100%, aberração lateral discreta nas bordas, facílima de corrigir.

“Avalanche” em f/5.6 1/400 ISO100 @ 100mm.

“Avalanche” em f/5.6 1/400 ISO100 @ 100mm.

Crop 100%, praticamente zero aberração lateral neste exemplo.

Crop 100%, praticamente zero aberração lateral neste exemplo.

“Jenny Lake” em f/5.6 1/250 ISO100 @ 52mm.

“Jenny Lake” em f/5.6 1/250 ISO100 @ 52mm.

Crop 100%, linhas coloridas finas em zonas de muito contraste, nas bordas.

Crop 100%, linhas coloridas finas em zonas de muito contraste, nas bordas.

“Panamá” em f/1.8 1/4000 ISO100 @ 100mm.

“Panamá” em f/1.8 1/4000 ISO100 @ 100mm.

Crop 100%, mínima aberração axial em um objeto cromado, no desfoque.

Crop 100%, mínima aberração axial em um objeto cromado, no desfoque.

Por fim as cores da Sigma parecem estar equilibradas com as Canon EF, com tons saturados de vermelho e amarelo, sem incomodar os azuis e os verdes. Os retratos saem “limpos” para manipulação via software, com leves ajustes de white balance para refletir tons de pele fiéis. Pequenos ajustes de contraste já aumentam também a saturação, outra prova que os vidros são de alta qualidade. E o bokeh é extremamente suave em distâncias mais curtas de foco (menores que três metros), próprias para isolar o sujeito com um segundo plano difuso, bonito, sem linhas duras. É uma flexibilidade para trabalhar do estúdio para a rua, de retratos a paisagens. Tudo numa única peça, montada nas novas câmeras com sensor APS-C, nesta geração tão bons quanto os full frame.

“Berry” em f/1.8 1/1000 ISO100 @ 100mm; desfoque suave na distância mínima de foco.

“Berry” em f/1.8 1/1000 ISO100 @ 100mm; desfoque suave na distância mínima de foco.

“Outono” em f/2.8 1/250 ISO160 @ 100mm; linhas difusas no primeiro e no segundo plano.

“Outono” em f/2.8 1/250 ISO160 @ 100mm; linhas difusas no primeiro e no segundo plano.

“BMQ” em f/1.8 1/500 ISO100 @ 100mm; é difícil um desfoque ruim com esta objetiva.

“BMQ” em f/1.8 1/500 ISO100 @ 100mm; é difícil um desfoque ruim com esta objetiva.

“Ray-Ban” em f/1.8 1/3200 ISO100 @ 100mm; usando o SERVO AF.

“Ray-Ban” em f/1.8 1/3200 ISO100 @ 100mm; usando o SERVO AF.

Crop 100%, detalhes perfeitos na abertura máxima, no centro.

Crop 100%, detalhes perfeitos na abertura máxima, no centro.

Crop 100%, e desfoque suave no segundo plano.

Crop 100%, e desfoque suave no segundo plano.

“North Rim” em f/6.3 1/500 ISO100 @ 67mm; cores neutras com o mínimo de pós-processamento.

“North Rim” em f/6.3 1/500 ISO100 @ 67mm; cores neutras com o mínimo de pós-processamento.

“Kolob Terrace” em f/6.3 1/160 ISO320 @ 50mm; cores antes do pôr-do-sol.

“Kolob Terrace” em f/6.3 1/160 ISO320 @ 50mm; cores antes do pôr-do-sol.

“Kolob Terrace II” em f/6.3 1/320 ISO800 @ 93mm; cores depois do pôr-do-sol.

“Kolob Terrace II” em f/6.3 1/320 ISO800 @ 93mm; cores depois do pôr-do-sol.

VEREDICTO

A Sigma 50-100mm f/1.8 DC HSM é digna do emblema “Art”. Ela é “state-of-the-art” na construção, com um tubo de metal e anéis precisos, justos sem ser duros demais, com a ergonomia perfeita. Ela também é uma obra de arte técnica com o motor de foco HSM mais fino e mais rápido, e em harmonia com as câmeras Canon, que pela primeira vez focam com agilidade e precisão uma objetiva third party. E o conjunto óptico é impressionante, com os “50mm f/1.8” mais nítidos do mercado, e uma flexibilidade incrível para fotografar pessoas; sem dúvidas uma peça obrigatória para retratistas do APS-C. O que realmente não dá para entender é a mágica no preço de US$1099, que não justifica nem a construção, nem a usabilidade (AF), e nem os 21 (!!!) elementos ópticos. Talvez a Sigma esconda algo na durabilidade, difícil de atestar numa linha jovem de apenas quatro anos. Mas se você quer a melhor zoom para fotografar HOJE no APS-C, esta é a objetiva. Boas fotos!