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Novembro/2015 – A EF 35mm f/1.4L USM é uma das objetivas mais respeitadas do lineup da Canon. Na família “luxury” desde 1998, foi o primeiro exemplo high end do que seria possível com o mount eletrônico do sistema EOS e a expertise japonesa na produção óptica. Com performance a par da alemã Leica Summilux 35mm f/1.4, que inventou a especificação em 1960, esta EF se tornou a queridinha dos jornalistas principalmente por causa do foco automático ultra rápido e preciso, que as outras marcas não ofereciam e até hoje não conseguem imitar. (english)
Dezessete anos se passaram e a Canon 35mm f/1.4L continuou no kit e na lista de desejos de muita gente. Parte pela construção robusta e parte pela qualidade das imagens, foi só recentemente que ela viu o reinado ameaçado com a apresentação de concorrentes a altura em resultados ópticos. Notavelmente por causa da Sigma e sua Global Vision Art 35mm f/1.4 DG HSM (2012 – $899), o mercado conheceu novos patamares de resolução, controle de aberrações e principalmente preço. Estaria a Canon com os dias contados? Os fotógrafos EF esperaram para ver.
De surpresa em 2015 a Canon introduziu a nova geração da clássica 35mm f/1.4L. Com fórmula óptica revisada, nova escola de design e usabilidade, além de incorporar pela primeira vez a tecnologia Blue Spectrum Refractive Optics, esta objetiva vem dar fôlego para os próximos anos da linha EF. Apesar de nada de errado com a antiga, ela mostra a idade nas câmeras mais novas de alta resolução. Mas o que compram os US$1799 da 35mm f/1.4 “AF” mais cara do mercado? Vale a pena por no kit? Vamos descobrir. Boa leitura!
Num mercado sedento por novidades e o batalhão anti-Canon, pró-dynamic range da internet, virou praxe a fabricante apresentar alguma tecnologia junto do lançamento das objetivas. Por exemplo a 70-200mm f/2.8L II IS USM de 2010 chegou com os rolamentos gigantes do lado de dentro, e a EF 24-70mm f/2.8L II USM chegou levíssima com exterior em policarbonato, quase 300g mais leve que a versão anterior. Então a linha EF tem recebido updates substanciais para manter a marca no topo e a alta tecnologia continua carro-chefe da Canon.
Por causa da relação estreita com o mercado, a marca ouviu a principal reclamação dos fotógrafos sobre as aberrações cromáticas de eixo em áreas de desfoque e contraste da lendária f/1.4L. São aquelas bolhas coloridas no segundo plano e em highlights fora de foco, resultado da dificuldade de focar perfeitamente todo o espectro de luz num ponto só. Especialmente o espectro azul, que vai de 400nm a 480nm, é difícil focá-lo por causa do curtíssimo cumprimento de onda.
A Canon desenvolveu então o “Blue Spectrum Refractive Optics”, como o nome diz, consegue mudar a direção (refração) exclusivamente do espectro azul da luz. Através de um material orgânico com estrutura molecular desenvolvida em laboratório, é possível “unir” duas peças óptica-minerais para controle específico da onda, isolando quase perfeitamente o espectro e focar precisamente o feixe no ponto certo. É mais “suave” que uma peça diffractive (com degraus), e ideal para objetivas de grande abertura nas quais o bokeh (qualidade do desfoque) é importante.
O interessante é que o BR Optics não conta como um elemento, uma vez que ele não é sólido. É uma “gosma” entre duas peças de vidro, uma bicôncava e outra convexa, mais grossa que um coating. Enquanto outras fabricantes “atacam” as aberrações com elementos exóticos e curvas complicadas, a Canon é a única que pensou fora da caixa para resolvê-las. E só começamos no “Blue Spectrum”, mas nada impede um futuro com Refractive Optics vermelho e/ou verde… Lembrando que o material é orgânico, se um dia você já reclamou de fungos nas suas lentes, essa daqui já vem com eles de fábrica! Quem poderia imaginar? :-)
Em 80.4×105.5mm de 760g, a primeira coisa que chama atenção na Canon EF 35mm f/1.4L II USM é como ela cresceu em relação a versão antiga. Em uma palavra, esta 35mm é ENORME. É quase 1.5cm (!) mais longa que a original de 1998, 6mm mais longa que a Sigma Art atual, e bem mais pesada que as duas L (580g) e DG (665g). Sinceramente eu não percebi na rua com a 6D. Mas foi só chegar em casa e pegar as três nas mãos que notei a diferença. Parece ruim, mas na verdade ela equilibra melhor com corpos de magnésio e tem mais espaço para movimentar o grupo interno de foco, que teve a distância mínima reduzida de 30cm para 28cm, a menor das três.
O design também mudou com o corpo mais longo, com mais espaço para as mãos, anel de foco manual maior e um handling totalmente diferente das outras. Os degraus entre o mount e a janela de distância estão mais suaves, curvos. O bump para a chave AF/MF é mais raso e mais próximo do dedão. O botão em si finalmente está chapado no corpo, como os modelos mais novos, com menos risco você mudá-lo acidentalmente. E como ela perdeu o anel de especificação brilhante na frente, o anel de foco manual ganhou 6mm de comprimento (33mm na L II contra 27mm da L). Há quem diga que a L II ficou parecida com a Sigma, mas não é verdade. A Art tem degraus que a L não tem, anel duro de foco além do acabamento emborrachado que risca com facilidade.
Nas mãos a Sigma é cheia de respostas táteis diferentes, com borrachas com groove maior no anel e menor na base, além da peça de metal perto do mount. Você sente aonde estão os apoios por causa da mudança de temperatura. A Canon antiga, a mais curta, mal tem espaço para as mãos antes de chegar o lens hood, e o fotógrafo dobra os dedos para operar o anel. A L nova não. O corpo longo deixa a mão estendida e o grip é suave, orgânico, melhor desenhado. São detalhes pequenos que no final do dia numa EOS 6D, na minha opinião o corpo melhor desenhado da Canon, dão um show de ergonomia que as outras fabricantes nem levam em consideração.
O foco automático é típico do sistema USM, o que é sempre uma boa notícia. A Canon não comenta nada de algoritmos atualizados, que na minha opinião foram “tunados” pela última vez na EF 24mm f/1.4L II USM. Na prática tudo funciona rápida e silenciosamente como na versão I, que ainda é benchmark para o restante do mercado. Independente da situação de luz, se o modo de foco estiver certo na câmera, a EF 35mm f/1.4L II USM trava no ponto certo. Em situações semelhantes com a Art DG HSM, lembro como ela se recusava a travar em pouca luz, mesmo com contraste nítido. Não tive este problema com a Canon. Todas as fotos que veremos a seguir foram feitas com o ponto central da EOS 6D em ONE SHOT: apontou, focou!
Do lado de fora o anel de foco manual é perfeito, leve e pesado ao mesmo tempo, sem qualquer jogo. A resposta tátil lembra outras séries L que usei recentemente, como as zoom 24-70mm f/2.8 e f/4. Não é duro como a Sigma Art mesmo na minha cópia nova. Mas é preciso, engatado com perfeição no grupo interno, além de suportar o full time manual. Na frente os filtros de ø72mm continuam do mesmo tamanho da versão antiga, mas o thead agora é de plástico contra a peça de metal da anterior. Há quem dia que é um downgrade, mas não lembro de qualquer objetiva com problemas nos trilhos de plástico. Na verdade ele é melhor, sem chances de amassar.
O novo lens hood EW-77B, incluído na caixa, é preso por um botão. Quanto mais eu uso este sistema, mais eu gosto porque é liso e seguro, bem melhor que a fricção de outros hoods. Você aperta o botão e ele desliza tão bem quanto o mount EF. Quando chega no lugar certo, um click prende no lugar. A 35mm f/1.4L II também recebeu o “tratamento” DW-R da Canon, ou “Dust/Weather Resistant”. São anéis de borracha em pontos estratégicos como os botões, elemento da frente e mount, que faltavam na versão antiga. Eu não recomendo testá-los, mas é uma tranquilidade a mais na hora de usar sob chuva e poeira. Ah, e o coating de fluorine também está aplicado no primeiro e último elementos, para repelir gordura e água.
No geral a Canon atualizou uma objetiva clássica com aspectos ergonômicos que as outras fabricantes parecem esquecer. A cada lançamento EF eu fico com o sentimento “por que todas as outras lentes não podem ser assim?” Parece besteira, mas estes degraus mais suaves fazem toda a diferença nas mãos. O corpo mais longo é mais gostoso de segurar. E você só vai perceber isso enquanto trabalha o dia todo com o equipamento. É um update mecânico substancial que sozinho justificaria a compra, além das qualidades ópticas do projeto totalmente repaginado.
Inevitável a comparação com outra “queridinha” do mercado, a disruptive Sigma Global Vision Art 35mm f/1.4 DG HSM. A concorrente também japonesa re-estruturou todo seu departamento de R&D (research and development) e em 2012 lançou a fantástica linha Art, com projetos ousados em especificação e performance óptica, por preços extremamente atrativos e design bonitão, sem o look brega do passado. Foi da noite para o dia: a internet comprou (pela metade do preço), o mercado mudou, e tudo será comparado a uma Global Vision daqui pra frente.
A principal diferença entre as DG e L II é o tamanho. A Canon é maior e mais gorda, e segue a mesma lógica da Zeiss na linha Otus ou a própria Sigma nos 50mm. São mais elementos pra performance óptica maior, deixando de lado a lógica de ergonomia e usabilidade que associávamos às distâncias focais. A 35mm da Canon não “parece” uma 35mm da mesma forma que a Sigma 50mm não parece uma 50mm. Nem a Art 35mm lembra uma 35mm, mas a Canon consegue ser ainda maior. Com o hood montado elas acrescentam uma parte substancial a câmera. É melhor para segurar, mas talvez não caiba em qualquer mochila.
O acabamento da Sigma é muito mais bling-bling com a infâme borracha exterior que é um imã para arranhões, “escorregões” brilhantes e poeira. Eu que vendo estes equipamentos depois do uso sei bem: é quase impossível deixar uma Sigma Art “como nova” por muito tempo. Qualquer encostadinha na mesa e a borracha ganha marcas brilhantes, e já vi equipamentos deles por aí com esta parte descolando. Isso não acontece na Canon. Inclusive a 35mm L original parece nova até hoje. A L II tem o mesmo acabamento “alto” no plástico, e risca menos ainda.
O anel de foco da Sigma tem a borracha muito mais alta que qualquer EF, e isso faz sentido neles que usam um ajuste bem “pesado” nesta peça. A Canon L II nova tem um anel mais extenso, mas a borracha é mais baixa e suave, pedindo de fato a sua “vontade” de apertá-lo para girar. Como a peça é maior, seu dedo não chega a encostar no lens hood quando você faz o movimento. A Sigma é mais curtinha, apertada, e daí o acabamento emborrachado no para-sol. Eu gosto das duas, mas a Sigma anda pesada nas Art enquanto as Canon parecem mais “corretas”.
Na durabilidade o weather sealing da Canon conta pontos mas fica difícil opinar sobre um equipamento que acabou de ser lançado. Eu tenho a EF II há menos de um mês, então não sei como ela se comportará daqui dez anos. E nunca tive problemas com a minha Sigma DG HSM de três anos, que é usada exclusivamente em casa para gravação do vlog do zack com a Blackmagic. No final as duas lentes compartilham apenas da especificação, mas de novo a “filosofia” de ergonomia muda bastante. É uma questão de gosto, mas eu prefiro a Canon L II entre as duas.
Dentro da própria Canon o upgrade é substancial e infeliz, no bom sentido. A nova 35mm L II USM é a melhor objetiva de grande abertura em design e ergonomia, e isso automaticamente faz as outras especificações parecerem datadas. Talvez a 100mm f/2.8L IS USM Macro seja parecida, mas não considero de grande abertura. As outras que eu tenho no kit, 24mm, 35mm, 50mm e 85mm, todas tem “problemas” em comparação a esta L II. Vamos rezar para um update em breve delas.
O design é mais sóbrio, com menos “placas” separadas e peças sólidas, unificadas, um “streamline” mesmo do desenho. Do mount ao thread de filtros a L II é quase um tubo só, com degraus suaves no lugar de bumps e texturas diferentes. Um exemplo é o painel da chave AF/MF, que você consegue ajustar com a lateral do dedão esquerdo ao invés da pinça com o dedão e o indicador na chave antiga. Ou a janela de distância sem bezel, como nas lentes novas. O estilo melhorou e casa melhor com corpos moldados como a EOS 6D ou a linha EOS Cinema.
A decisão de compra entre as duas terá de vir da performance óptica. Não, o AF da objetiva nova não está mais rápido. Não, o tamanho dos filtros não mudou. Nem o handling geral, que vai de gosto. O upgrade no kit será gradual e pela ergonomia e usabilidade eu não recomendaria uma objetiva de US$1799. Aparentemente a Canon inclusive deixou o preço de lançamento da L II nas alturas para não destruir o mercado da L original, que ainda vale cada centavo nova (o preço caiu para US$1099) ou usada. Clássico é clássico e lançamento nenhum tira o trono de uma série L.
Com 14 elementos em 11 grupos, três (!) peças a mais que versão anterior, uma a mais que a Sigma Art além da “gosma” Blue Spectrum Refractive Optics, cobertura SWC (Subwavelength Coating) em grupos estratégicos, um par de elementos asféricos e um UD, abertura circular de 9 blades… Ufa! A EF 35mm f/1.4L II USM está pronta para levar a Canon de volta ao topo da lista de performance óptica, hoje dominada pela concorrente com viés “artístico”. E obviamente ela conseguiu. Ok, o preço é mais que o dobro e o site “DxOh-no!” diz o contrário sobre a Sigma, mas não tem saída: esta EF voltou ao topo em resolução, controle de aberrações e distorções geométricas.
Pela primeira vez num review, eu apresentarei ao mesmo tempo as imagens em f/1.4 e f/8. Esta é a performance da Canon EF 35mm f/1.4L II USM. Em corpos com resoluções “modestas” para os padrões de hoje, aqui testada na EOS 6D de “apenas” 20MP, praticamente não há diferença do f/1.4 para o f/8, nem do centro para as bordas. Isso mesmo: não há diferença do centro para as bordas e se houver é desalinhamento do sujeito, não defeito na lente. A f/1.4L II USM é tão perfeita que fica difícil “comprovar” a performance: só um laboratório com condições perfeitas para notar algum problema. Nas fotos do dia a dia do vlog do zack, a conclusão é simples: a objetiva é perfeita, de altíssima resolução, independente da abertura. É um belo equipamento!
E a promessa da Canon sobre o Blue Spectrum Refractive Optics? Há avanço significativo na performance e faz sentido pagar por ela? A resposta é ambígua: sim e não. Sim, a EF 35mm f/1.4L II USM tem uma fração das aberrações cromáticas da L de 1998. Aquele projeto f/1.4 sofria demais com o spherochromatism no bokeh e isso foi resolvido sim. As linhas coloridas são mais finas e discretas, qualidade que só vi nas Zeiss Otus. Mas não, o problema não foi 100% resolvido e em qualquer coisinha fora de foco você ganhará linhas roxas e verdes que ainda exigem correção via software. São discretas e impressionantes para tamanha abertura, mas ainda estão lá.
Distorções geométricas são praticamente invisíveis assim como o flare contra a luz, que pode ser provocado com spots brilhantes (por exemplo o sol), mas que não acontece facilmente no dia a dia. Este era um problema na objetiva antiga e a Sigma 35mm f/1.4 DG HSM só está no vlog do zack por causa da resistência a flaring, especialmente para a gravação do vlog do zack e a posição da iluminação nas minhas gravações. E a vinheta é acentuada mas exclusiva do f/1.4. Em f/2 já não dá para notá-la, semelhante a zoom 24-70mm f/2.8L II USM em f/4.
Por uma exigência dos sensores de cada vez mais resolução, os projetos ópticos tem colocado elementos a favor da nitidez no lugar de fórmulas simplificadas a favor do desfoque. Na minha opinião uma característica a ser defendida, uma vez que qualquer problema no segundo plano pode ser suavizado via software enquanto inventar detalhes no arquivo é impossível. Sem comparações diretas, como se comporta a super nítida EF 35mm f/1.4L II USM? Vejamos:
Você sabem que eu odeio estas comparações. Projetos diferentes, distâncias mínimas diferentes, preços BEM diferentes etc. Mas todo mundo quer saber se vale o investimento na novidade da Canon e se ela está na frente em resolução, contraste e controle de aberrações; tarefa complicada considerando a altíssima performance da Sigma. Colocando as lado a lado, vejamos as diferenças:
RESOLUÇÃO: CENTRO (click for larger)
RESOLUÇÃO: BORDA
SAGGITAL COMA FLARE
ABERRAÇÃO CROMÁTICA LONGITUDINAL
ABERRAÇÃO CROMÁTICA LATERAL
BOKEH
A diferença é notável entre as duas. Eu tenho arquivos com a 35mm L original que no próprio thumbnail dá pra ver a aberração cromática. Paisagens noturnas ganham pontos estranhos nas bordas devido ao Saggital Coma Flare. Mas vale o investimento na objetiva mais nova? Quem tem a antiga precisa pensar em vendê-la? Vamos ver: (NOTA: A EF L II é bem menos “grande angular” que a L antiga. Há diferenças de enquadramento entre as duas.)
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RESOLUÇÃO: BORDA
SAGGITAL COMA FLARE
ABERRAÇÃO CROMÁTICA LONGITUDINAL
ABERRAÇÃO CROMÁTICA LATERAL
BOKEH
Antes mesmo de dar o veredicto, eu já adianto: não pretendo manter nenhuma destas objetivas com mount EF no meu kit. Eu já gravo tudo o que preciso com a EF 24-105mm f/4L IS USM na Blackmagic Cinema e outras distâncias “mais grande” angulares são mais importantes no meu kit, como os 24mm e 14mm. Então nos 35mm quem faz o papel no “full frame” é a RX1R f/2, com tamanho e silêncio impagáveis. Impagáveis não já que a Sony está mais do que feliz em cobrar US$2999 por ela. Mas estarei deixando mais que 1 stop na abertura de lado? Let’s see: (NOTA: Novamente a 35mm L II é muito, muito menos “grande angular” que a Zeiss Sonnar 35mm da Cyber-shot. Motivo? Olhem o tamanho da Sony e o tamanho da Canon. Também há diferença de resolução nos arquivos, 6D com 20MP e RX1R com 24MP.)
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RESOLUÇÃO: BORDA
SAGGITAL COMA FLARE
ABERRAÇÃO CROMÁTICA LONGITUDINAL
ABERRAÇÃO CROMÁTICA LATERAL
BOKEH
Demorou 17 anos mas a Canon fez: atualizou uma objetiva clássica sem perder a essência da usabilidade e performance óptica topo de linha. A EF 35mm f/1.4L II USM é o que todos esperavam. O foco automático continua excelente, difícil de demonstrar num blog, e é a maior arma contra a Sigma Art. Se vale o investimento de US$1799? Sim, com certeza: menos aberrações, mais resolução, saggital coma flare resolvido. É melhor que a L antiga e a Sigma Art. Estas características farão diferença em trabalhos clínicos como fotografia de produto, retratos com acessórios, paisagens e arquitetura; especialmente nos corpos mais novos, que não toleram desvios ópticos como os 20MP do passado. A novidade é bem-vinda na família EF e mostra a disposição da Canon em investir em inovar no mercado óptico. Quem pode, pode. Boas fotos!