Canon EF 70-300mm f/4-5.6L IS USM

A 70-300mm anabolizada


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Dezembro/2015 – A EF 70-300mm L apresentada em agosto de 2010 foi a primeira objetiva que a Canon mostrou com uma zoom moderna, de alta performance com abertura variável. Uma telephoto altamente otimizada mecanicamente, ela traçou o caminho para a EF 100-400mm Mark II de 2014, com tubos de metal, anéis perfeitos e equilíbrio excelente que só a linha “Luxury” oferece. Diferente das 70-200mm seladas, estas duas zoom tem câmaras internas e externas que expandem enquanto a distância focal muda, que geralmente balança em corpo mal construídos. Mas desta vez a Canon está com um produto a altura do anel vermelho na frente, com operação e qualidade de imagem excelentes. Será a rainha das 70-300mm? Vamos descobrir! (english)

CONSTRUÇÃO E OPERAÇÃO

Canon EF 70-300mm f/4-5.6L IS USM

Antes vamos rever a extensa linha de objetivas “quase” 70-300m que a Canon oferece hoje. Há um total de cinco modelos EF com distância telephoto e abertura variável, prova da popularidade deste segmento. Nós começamos com as medíocres EF 75-300mm, disponíveis com ($179) ou sem USM ($199); vamos para a linha intermediária com a EF 70-300mm IS USM ($649, sem manual override); e alcançamos o topo da gama com a exótica Diffractive Optives EF 70-300mm f/4.5-5.6 DO IS USM ($1399) e esta top branca Luxury de $1349. A decisão da compra é fácil: você leva o que está pagando e a performance e qualidade acompanham o preço.

Canon EF 70-300mm f/4-5.6L IS USM

Em 8.89 x 14.22cm (fechada) de 1.05kg, a 70-300L se diferencia do restante como a maior delas. Na verdade ela é uma objetiva grande sob qualquer ponto de vista e chama muita atenção nas ruas. É por isso que eu coloquei no meu kit a compacta 70-300DO lá em 2010, e precisei de cinco anos para decidir testar esta monstruosidade L. Ela expande 5cm até os 300mm e o para-sol se mexe com o tubo do zoom, para incríveis 27.5cm de metal e vidros na frente da sua câmera. Ela se parece e se comporta como um equipamento profissional, e sinceramente é onde ela deve estar: nas mãos dos profissionais. Se você não precisa das qualidade mecânicas deste modelo, evite-a.

Canon EF 70-300mm f/4-5.6L IS USM

Isso faz da operação suave uma surpresa ainda maior porque apesar de grande, ela é um prazer de usar. Ela equilibra melhor que a longa e fina 70-300IS USM, e os anéis são mais leves que a “compacta” DO. Foi feita para casar bem nos corpos de metal como 1D, 5D e 7D, e é simplesmente a melhor zoom com design de câmaras que já usei. Rolamentos internos gigantes e trilhos de metal fazem o uso de materiais premium ter um sentido. É uma daquelas objetivas que ultrapassará a vida do fotógrafo, e pode se colocada no kit como um investimento de longo prazo.

Canon EF 70-300mm f/4-5.6L IS USM

A operação é fácil com um anel de zoom frontal, oposto a maioria das lentes L, e um anel de foco manual perfeito trás. De 70 a 300 milímetros há cerca de 90º de movimento, e do infinito a distância mínima de foco são 150º de giro. Ela se comporta exatamente como o também apresentada em 2010 70-200mm f/2.8 L IS USM II, e Canon afirma que todas as suas lentes L seguem a mesma usabilidade. Então se você está vindo de outra peça EF vai se sentir em casa. É fácil de montar e sair para fotografar e um dos benefícios do modelo. Alguns sentem medo do 70-300mm em favor de 70-200mm, mas na prática eles funcionam basicamente do mesmo jeito.

Canon EF 70-300mm f/4-5.6L IS USM

Do lado de dentro a abertura cai de f/4-f/4-5 em 103mm; f/5 em 155mm; e f/5.6 de 229-300mm. Mas ela é a mais luminosa das três e explica o tamanho maior. O sistema de foco totalmente interno é do tipo USM e ring-type, no mesmo nível da DO. E a performance é fenomenal! Pela primeira vez eu pude realmente experimentar o foco automático da Canon fotografando a maratona de Nova Iorque de 2015, e a focagem foi incrível mesmo com a minha EOS 6D. Com ajustes de AI SERVO e Custom Functions -2 na sensibilidade (Locked on) e +1 de Accel./decel, ela funcionou como um sonho. A câmera travou e previu onde o sujeito estaria, e eu tenho sequências completas, longas em 4.5fps, quase 100% em foco. É realmente genial o AF das Canon EOS.

“Melissa” com a EOS 6D em f/5.6 1/2000 ISO1000 @ 300mm.

“Melissa” com a EOS 6D em f/5.6 1/2000 ISO1000 @ 300mm.

Crop 100%, almost perfectly focused burst of photos using AI SERVO.

Crop 100%, sequência quase perfeita em foco com o AI SERVO.

O motor USM vai de uma ponta a outra sem esforço, e nunca perde uma foto mesmo sob pouca luz. Ele também é totalmente silencioso como a maioria das ring-types. É um passo enorme na usabilidade da EF 70-300mm IS de $649 que apesar de USM, usa um micro motor mais lento e barulhento. Aquela lente é uma zona com anel de foco manual que move com o foco automático, gira o trilho para filtros e aumenta de tamanho, mas a série L mais que compensa pelo preço. O anel de foco manual também suporta operação o tempo todo (“full time manual”, como a DO), e o botão AF/MF está lá para desligar o sistema como um todo. A janela de distância tem marcações em pés e metros, e uma longa linha amarela “macro” de 3m para o mínimo de 1.2m.

Canon EF 70-300mm f/4-5.6L IS USM

Também praticamente indispensável no telephoto é o módulo estabilizador de até 4EV. Este é um dos modelos novos (acho que só dois são mais novos) e é dos mais eficazes. Este valor parece até errado: dá para segurar até -5EV ou -6EV se você tiver mãos firmes. É ótimo para trabalhar com a abertura f/4-5.6 em pouca luz e também ajuda na hora de compor a foto. O módulo frontal é mais eficaz e virtualmente silencioso, o que também ajuda na hora de gravar vídeos com som.

“Subway” com a EOS 6D em f/4 1/25 ISO3200 @ 70mm.

“Subway” com a EOS 6D em f/4 1/25 ISO3200 @ 70mm.

Crop 100%, IS hold the scene in place; notice it won’t stop moving subjects.

Crop 100%, o estabilizador segura a cena no lugar; lembre que ele não faz nada para objetos móveis.

Na frente os filtros de ø67mm são pequenos mas o trilho é de metal. A Canon tem abandonado estes materiais a favor da leveza, mas deixou isso de lado nos 1.05kg da 70-300L. O para-sol incluído na caixa, modelo ET-73B é grande e texturizado, mais difícil de riscar, mas infelizmente ele se prende por fricção. É estranho porque esta objetiva saiu depois da 70-200mm f/2.8L IS II que tem o hood de botão, e eu considero o 73B um downgrade. Eles aperfeiçoaram na 100-400L II com um para-sol de botão que tem até acesso ao filtro. Puxa vida…

Canon EF 70-300mm f/4-5.6L IS USM

Atrás o mount de metal tem a borracha de proteção a respingos e poeira. Você não deve submergir a objetiva na água, mas ela ajuda a prevenir danos em situações difíceis como chuva. Infelizmente não há espaço para colocar os teleconversores EF e a Canon não recomenda o uso (apesar do 1.4X encaixar a partir dos 235mm). E os vidros da frente e detrás são cobertos por fluorine, mais fáceis de limpar se você tocá-los. Não há furos para tripé embaixo, e o Tripod Mount Ring C (WIII) opcional da Canon deve ser comprado a parte para usar com monopés etc.

Canon EF 70-300mm f/4-5.6L IS USM

Enfim outra objetiva topo de linha que se comporta da mesma forma que as favoritas do mercado no combo EF 24-70mm e 70-200mm f/2.8, mas aqui para uma distância focal diferente. Ela já tem cinco anos mas parece novíssima em funções, operação e qualidade. Eu vejo a maioria dos fotógrafos sonhando com uma EF 70-200mm, completamente ignorando a 70-300L por causa da abertura variável. Mas isso é um erro e este modelo deve ser considerado na sua lista de compras. É a telephoto perfeita para trabalhar durante o dia, e a prova está nas imagens a seguir.

QUALIDADE DE IMAGEM

“Compressed Landscape v3” em f/8 1/1600 ISO400 @ 300mm.

“Compressed Landscape v3” em f/8 1/1600 ISO400 @ 300mm. Todas as fotos com a EOS 6D.

Com uma fórmula super complexa de 19 elementos em 14 grupos, dois de baixa dispersão (UD) e um sistema float de foco interno, a ideia da Canon para a EF 70-300m f/4-5.6 L IS USM era “trazer um range zoom favorito do mercado para a celebrada série L”. Este “range favorito” que eu não consigo deixar claro como ele é útil. Eu repito, vejo muitos fotógrafos sonhando com uma 70-200mm argumentando sobre a performance óptica, abertura constante e outros recursos, diminuindo a 70-300L como uma “zoom telephoto de pobre”, mas isso está errado.

“step_up” em f/5.6 1/400 ISO800 @ 214mm.

“step_up” em f/5.6 1/400 ISO800 @ 214mm.

Apesar de você ver mais aberrações em todas 70-300mm por causa de limitações físicas, isto não significa que elas sejam completamente ruins como os “profissas das 70-200mm” dizem. Por exemplo a básica 70-300 IS USM: ela é nítida, com alto contraste e arquivos cheios de cor. A high-tech DO: alta resolução num pacote compacto apesar da vinheta e reflexos internos em distâncias curtas de foco. E aí chega a série L: sem dúvidas a melhor do mercado apesar das aberrações fáceis de corrigir. Não tem como pedir muito mais do que isso nos 300mm zoom.

“Catherine” em f/8 1/80 ISO200 @ 300mm.

“Catherine” em f/8 1/80 ISO200 @ 300mm.

Com altíssima resolução e contraste por todo o range zoom, graças ao sistema float de foco; cores excelentes e resistência a flaring, melhor que as outras; e algumas aberrações laterais fáceis de corrigir, esta é uma das melhores objetivas brancas da Canon no geral. Ela trabalha bem ao lado de primes de grande abertura e zooms de alta performance f/4, com nitidez impecável na abertura máxima que simplesmente funciona. É ideal para montar um kit flexível e fácil de usar sem o peso dos modelões fixos, específicos para usar na grande abertura. Uma zoom variável serve mais situações e daí a importância na linha. Quem está sempre no f/8 deve considerá-la com carinho.

“Paper” em f/4 1/640 ISO200 @ 86mm.

“Paper” em f/4 1/640 ISO200 @ 86mm.

Totalmente aberta (f/5.6) em 300mm é impressionante os tipos de detalhes que você consegue ver. São todos os fios de cabelo; todas as folhas de grama; todos os tijolos e placas em paisagens urbanas. É o mesmo tipo de performance das primes em aberturas otimizadas, mas aqui numa zoom totalmente aberta na mesma classe das 70-200mm f/2.8 ou 200-400mm f/4. É fantástico para impressões de grande formato e funciona para cortes posteriores no arquivos a partir de câmeras de altíssima resolução, como as 7DII e 5Ds. Tudo funciona muito bem como deveria ser.

“Fur” em f/5.6 1/200 ISO2000 @ 300mm.

“Fur” em f/5.6 1/200 ISO2000 @ 300mm.

Crop 100%, astonishing wide open resolution. O_o

Crop 100%, resolução incrível totalmente aberta. O_o

“WPE” em f/5.6 1/1600 ISO1000 @ 300mm.

“WPE” em f/5.6 1/1600 ISO1000 @ 300mm.

Crop 100%, flawless details at the maximum aperture.

Crop 100%, detalhes perfeitos na abertura máxima.

“Marathon” em f/5.6 1/1600 ISO1000 @ 300mm.

“Marathon” em f/5.6 1/1600 ISO1000 @ 300mm.

Crop 100%, optically flawless results.

Crop 100%, resultados ópticamente perfeitos.

“o” em f/5.6 1/2500 ISO1000 @ 300mm.

“o” em f/5.6 1/2500 ISO1000 @ 300mm.

Crop 100%, absurd performance for a wide open zoom.

Crop 100%, performance fenomenal para uma zoom totalmente aberta.

Fechar a abertura marginalmente melhora a vinheta e você ganha alguns centímetros a mais em foco devido a profundidade de campo mais longa. Mas não é muito mais longa em distâncias curtas de foco e a Canon até coloca uma marcação “macro” na escala, uma posição fácil para desfocar o fundo no final do telephoto. Aliás aqueles que adoram as 200mm f/2.8 devem se atentar que os 300mm f/5.6 geram uma profundidade de campo menor, para isolar o seu sujeito nos retratos e fotografias de produto. Distância por distância, os 70-300mm são bem mais flexíveis.

“NYC” em f/8 1/160 ISO200 @ 104mm.

“NYC” em f/8 1/160 ISO200 @ 104mm.

Crop 100%, very fine details on farther away subjects.

Crop 100%, detalhes finíssimos em objetos distantes.

“NYC2” em f/8 1/1250 ISO200 @ 300mm.

“NYC2” em f/8 1/1250 ISO200 @ 300mm.

Crop 100%, good contrast for the focal length.

Crop 100%, bom contraste para a distância focal.

“Van” em f/8 1/125 ISO400 @ 182mm.

“Van” em f/8 1/125 ISO400 @ 182mm.

Crop 100%, lower left corner.

Crop 100%, canto inferior esquerdo.

Aberrações cromáticas laterais são um problema em todas as 70-300mm e devem ser corrigidas no pós-processamento antes da impressão. Elementos gráficos como adesivos e placas de rua, ou simples contornos de prédios ganham halos coloridos em bordas de contraste nas duas pontas, 70mm e 300mm, mas desaparecem entre 120-230mm. E não vi qualquer sinal de aberração de eixo, prova que os elementos UD trabalham bem para focar a luz. Retratos com acessórios não “brilham” com as primes de grandíssima abertura, facilitando o trabalho.

“34th” em f/8 1/500 ISO400 @ 70mm.

“34th” em f/8 1/500 ISO400 @ 70mm.

Crop 100%, insane chromatic aberration on the L series. O_o

Crop 100%, aberração cromática insana na série L. O_o

Crop 100%, on both sides of the frame.

Crop 100%, e dos dois lados do quadro.

“34th II” em f/8 1/500 ISO400 @ 135mm.

“34th II” em f/8 1/500 ISO400 @ 135mm.

Crop 100%, but it’s gone from 120mm to 230mm.

Crop 100%, mas invisível de 120mm a 230mm.

“34th III” em f/8 1/640 ISO400 @ 300mm.

“34th III” em f/8 1/640 ISO400 @ 300mm.

Crop 100%, and back at the longer end.

Crop 100%, e de volta no final do telephoto em 300mm.

“s” em f/8 1/100 ISO100 @ 135mm.

“s” em f/8 1/100 ISO100 @ 135mm.

Crop 100%, no chromatic aberrations in the middle of the focal range.

Crop 100%, sem aberrações cromáticas no meio da range focal.

“Red” em f/8 1/500 ISO100 @ 300mm.

“Red” em f/8 1/500 ISO100 @ 300mm.

Crop 100%, thin halos around contrast edges.

Crop 100%, contornos coloridos em linhas de contraste.

Distorções geométricas são ruins nas duas pontas e outra caixa a ser tickada no software de pós-processamento. Você vê aquela bolha em 70mm e as linhas caindo para o centro do quadro em 300mm, coisa que a DO corrige melhor. É invisível por exemplo em retratos, mas atrapalha para fotografar a cidade e algumas paisagens com o horizonte bem marcado. E a vinheta pode ser um problema na abertura máxima sob pouca luz. Você perderá entre -1EV e -2EV nas bordas do quadro, mas é bem melhor que os quase -4EV da versão DO. Tudo fácil de corrigir depois.

“ - - - “ em f/8 1/100 ISO100 @ 70mm; notice de barrel distortion at the wider end.

“ – - – “ em f/8 1/100 ISO100 @ 70mm; note a bolha no quadro em 70mm.

“ - “ em f/8 1/80 ISO100 @ 300mm; and the pincushion at the telephoto end.

“ – “ em f/8 1/80 ISO100 @ 300mm; e a ponta puxando para o centro no telephoto.

“zsv” em f/8 1/100 ISO100 @ 300mm; but it can de discreet on different compositions.

“zsv” em f/8 1/100 ISO100 @ 300mm; mas isso pode ficar discreto dependendo da composição.

 “|z|z|” em f/8 1/250 ISO100 @ 300mm; straight lines demand software compensation.

“|z|z|” em f/8 1/250 ISO100 @ 300mm; linhas retas pedem por correção de software.

“HHH” em f/8 1/250 ISO160 @ 300mm; slight pincushion at the telephoto end.

“HHH” em f/8 1/250 ISO160 @ 300mm; linhas levemente caindo para o centro no final do telephoto.

ALTERNATIVAS

A extensa linha da Canon no 70-300mm oferece algo para todos os bolsos sem deixar de lado a performance. As diferenças de nitidez, resolução e aberrações são sutis e sinceramente não devem ser razão para escolher este ou aquele modelo. Eu nunca usei as 75-300mm baratinhas (nem pretendo), mas posso garantir que até a vintage 100-300mm entregará boas imagens se o seu sujeito for interessante. Vejamos alguns exemplos e comparações com cada 70-300mm:

EF 70-300mm f/4-5.6 IS USM (US$649)

Canon EF 70-300mm f/4-5.6 IS USM

Uma telephoto zoom de alta qualidade e construção justa, bons recursos e performance óptica bacana. Apesar do foco automático barulhento, girar o filtro frontal e o anel de foco, além de expandir a objetiva, as fotos tem ótimo contraste, resolução e cores. Não tem muito o que reclamar exceto problemas mecânicos. As imagens valem totalmente a pena.

“Grou Coroado” em f/5.6 1/750 ISO400 @ 300mm.

“Grou Coroado” at f/5.6 1/750 ISO400 @ 300mm.

Crop 100%, super detalhes no centro do quadro.

Crop 100%, super detalhes no centro do quadro.

EF 70-300mm f/4.5-5.5 DO IS USM (US$1399)

Canon EF 70-3000mm f/4.5-5.6 DO IS USM

A mais cara de todas vem com tecnologia Diffractive Optics. Elementos especiais mudam perfeitamente o caminho da luz e focam precisamente num ponto só, reduzindo o tamanho da objetiva em 30%. Menor e mais leve, ela também é a mais fácil e discreta de usar. Mas os vidros diferentes podem gerar contraste ruim dependendo da luz, e reflexos internos em distâncias curtas de foco. O bokeh também pode ficar estranho com círculos concêntricos em pontos de luz.

“mini-macaco” em f/5.6 1/350 ISO800 @ 240mm.

“baby-monkey” com a EOS 5D Mark II at f/5.6 1/350 ISO800 @ 240mm.

Crop 100%, notável blooming em abertura máxima na distância mínima de foco.

Crop 100%, blooming notável em distâncias curtas de foco.

“Sierra” em f/13 1/125 ISO100 @ 115mm.

“Sierra” com a EOS 5D Mark II at f/13 1/125 ISO100 @ 115mm.

Crop 100%, resolução no centro…

Crop 100%, ótima resolução para sujeitos distantes.

BONUS: EF 70-200mm f/2.8L IS II USM (US$1999)

Canon EF 70-200mm f/2.8L IS II USM

A queridinha do mercado pelas qualidades mecânicas e ópticas. Uma obra-prima com 23 elementos em 19 grupos, uma peça fluorite e elementos UD para arquivos quase perfeitos não importa a situação. Mas na prática não entrega muito mais que a 70-300L: ela sofre com vinheta em f/2.8, as aberrações laterais são parecidas e a profundidade de campo em 200mm f/2.8 é maior que os 300mm em f/5.6. É uma peça de trabalho e você paga o extra por causa da abertura.

“Marinheiro” em f/2.8 1/1000 ISO50 @ 70mm; bokeh em 70mm.

“Sailor” com a EOS 5D Mark II em f/2.8 1/1000 ISO50 @ 70mm; profundidade de campo curtíssima.

Crop 100%, enough resolution to render moiré.

Crop 100%, resolução de sobra que gera até moiré.

>>> em f/2.8 1/350 ISO800 @ 145mm; perfect contrast.

“>>>” com a EOS 5D Mark II em f/2.8 1/350 ISO800 @ 145mm; contraste perfeito

100% crop, f/2.8 details and micro contrast.

Crop 100%, detalhes e contraste em f/2.8.

COMPARADA A:

“SP” em f/8 1/800 ISO100 @ 300mm; notice the different vignette and same geometric distortion.

“SP” em f/8 1/800 ISO100 @ 300mm; note a vinheta e a distorção geométrica idêntica.

Crop 100%, upper left crop; there’s a noticeable gain in resolution from each high end.

Crop 100%, corte no canto superior esquerdo; há um ganho notável de resolução nas tops.

Crop 100%, center frame; even here there’s some improvement in resolution and sharpness.

Crop 100%, centro do quadro; até aqui dá para notar a melhora na resolução e na nitidez.

Crop 100%, lower right corner; the L-series is the crispier as always.

Crop 100%, canto inferior direito; a série L é a mais nítida como sempre.

“SP” em f/8 1/200 ISO100 @ 70mm; not surprisingly the longer L series has the worse barrel distortion.

“SP” em f/8 1/200 ISO100 @ 70mm; não surpreende que a série L, maior fisicamente, tem a pior distorção nos 70mm.

Crop 100%, severe chromatic aberration on all EF70-300mm.

Crop 100%, aberrações cromáticas laterais severas nas três EF 70-300mm.

VEREDICTO

A zooms telephoto de alta performance tem perdido o brilho num mercado mais atento as fixas “artísticas” de grande abertura (estou falando com você, Sigma), que apesar de entregar em qualidade de imagem nunca realmente funcionam mecanicamente nem são confiáveis no foco automático. E é isso que a série L entrega. Usar uma objetiva com o anel vermelho na frente e uma câmera EOS significa estar pronto para tudo. Ela implora a ser levada ao limite e foi feita para profissionais, que estão dispostos a ir além pelas melhores fotos. Tudo simplesmente funciona!

 Canon L series white lenses

A EF 70-300mm f/4-5.6L IS USM é o patinho feio da série L porque a distância focal parece “amadora” e a abertura variável não grita “objetiva exótica”. Então a maioria dos fotógrafos não reconhece o ganho do alcance maior que sempre é útil no telephoto. É uma lente “profissa” mas diferente, com tubo de zoom que expande, incrivelmente bem construído e com weather sealing. A performance do foco automático é absurda: a precisão e confiança que passa são provas do porquê os profissionais preferem a Canon. E a parte óptica simplesmente funciona. É uma objetiva especial que pode transformar qualquer kit, e de fato é a melhor 70-300mm de todos os tempos.